É sabido por todos que que exercício é remédio! E o lado bom é que atualmente vários médicos prescrevem isso como um remédio para o bom envelhecimento. Em um estudo recente, envolvendo mais de 10.000 homens e mulheres saudáveis intitulado “Exercise-Related Physical Activity Relates to Brain Volumes in 10,125 Individuals” que saiu no periódico Journal of Alzheimer's Disease, revelou que apenas 25 minutos de exercícios por semana, ou menos de quatro minutos por dia, podem fortalecer nossos cérebros e melhorar nossa capacidade de pensar à medida que envelhecemos. Semana passada falamos das vitaminas para a longevidade do cérebro e hoje falamos sobre como o exercício ajuda também.
A pesquisa analisou exames cerebrais de indivíduos de 18 a 97 anos. Os resultados mostraram que aqueles que caminhavam, nadavam, pedalavam ou praticavam exercícios moderados por 25 minutos por semana (é muito pouco até do ponto de vista cardiovascular) tinham cérebros maiores em comparação aos que não o faziam, independentemente da idade. Cérebros maiores geralmente significam cérebros mais saudáveis.
As diferenças eram mais evidentes em áreas relacionadas ao pensamento e à memória, regiões que frequentemente encolhem com o envelhecimento, contribuindo para os riscos de declínio cognitivo e demência.
De acordo com a pesquisa esta é uma descoberta empolgante e nos dá mais apoio para a ideia de que ser fisicamente ativo pode ajudar a manter o volume cerebral ao longo da vida.
O estudo teve implicações práticas, questionando quais tipos de exercício são melhores para a saúde cerebral e qual a quantidade mínima necessária.
Na pesquisa foi questionado o que aconteceria se ocorresse um tempo muito baixo de estimulo relacionado a atividade física e quais seriam estes efeitos. A pesquisa revelou que 25 minutos de exercício por semana, apenas um sexto do recomendado na maioria das diretrizes formais de exercícios como a que venho falando sempre como o American Collegge of Sports Medicine, mostraram efeitos positivos nos cérebros.
Ao analisar 10.125 exames cerebrais, os pesquisadores observaram que homens e mulheres de todas as idades que se exercitavam por pelo menos 25 minutos por semana tinham, em sua maioria, um volume cerebral maior. Isso incluía um aumento em todas as áreas cerebrais, como matéria cinzenta, composta por neurônios, e a matéria branca, a infraestrutura cerebral que conecta as células pensantes.
Os exercitantes também apresentavam um hipocampo maior, crucial para memória e pensamento, que geralmente encolhe com a idade. Além disso, mostravam lóbulos frontal, parietal e occipital maiores, sinalizando um cérebro saudável e robusto.
Surpreendentemente, os efeitos foram observados em pessoas que se exercitavam tão pouco. Quanto ao mecanismo exato, os pesquisadores sugerem que o exercício reduz a inflamação cerebral e estimula a liberação de neuroquímicos que promovem a formação de novas células cerebrais e vasos sanguíneos.
O exercício parece construir e armazenar uma "reserva cerebral estrutural", uma reserva de células e matéria extra que pode proteger contra a inevitável redução do tamanho e função cerebral com o envelhecimento. Viveremos muito mais tempo como nossos avós e parece que o exercício é a saída da longevidade! Até a próxima!
--------------
Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.
