ARTIGO

O impacto das nossas decisões sobre o tempo

Por Júnior Ometto | 22/01/2024 | Tempo de leitura: 3 min

No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem. Ela disse:

“aquele ali é meu filho, deslizando no escorregador”. “Um bonito garoto”, respondeu o homem - e completou: “aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha”.

Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha: “Melissa, o que você acha de irmos?” “Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!”

O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha: “Hora de irmos agora?” Mas, outra vez Melissa pediu: “Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!”

O homem sorriu e disse: “Está certo!”

A mulher então disse: “O senhor é certamente um pai muito paciente”. O homem sorriu e disse: “O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...”

Em tudo na vida estabelecemos prioridades, tomamos decisões, mas preciso te convidar a uma reflexão: como estamos utilizando nosso tempo? Quais são as nossas prioridades? E ainda: nosso conceito de “prioridade” está saudável?

Em um de meus Cursos, falo da famosa "Gestão do Tempo". Entretanto, constatei na prática que há um fator “sine qua non”, que, se não fizer o seu papel, tornará inútil qualquer conhecimento ou aplicação da Gestão do Tempo e é fácil chegar a esta conclusão, porque nem tudo o que nos parece “importante” ou então nos “diverte” está cumprindo seu papel.

Eficiência não é eficácia. Há muita gente “matando o tempo”, tentando fazer as coisas da maneira “certa”, entretanto... escolhendo coisas “erradas” para fazer! Há também o perigo de inserirmos em nossa vida pessoas que roubam nosso tempo ou nos influenciam no sentido oposto da nossa real necessidade.

Portanto, além de transmitir às pessoas técnicas para melhor gerir o tempo, também ensino a mergulharem dentro de si mesmas e refletirem sobre “o que” está sendo colocado no “tempo” de cada um...

Um dos maiores líderes do Cristianismo, o Apóstolo Paulo, disse: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” e essa é uma transformadora verdade.

As pessoas estão se “embriagando” em influências, mas isso não significa que precisamos delas. O tempo... o que colocamos nele?

Existem algumas “palavras chaves” quando se fala sobre a “Gestão do Tempo”: decisões, metas, tarefas, prioridades, programação, procrastinação, comunicação, tecnologia, etc. Vamos confrontar isso com um dos principais pensamentos de Freud: “...a decisão deve vir do inconsciente, de algum lugar dentro de nós. Nas decisões importantes da vida pessoal, devemos ser governados pelas profundas necessidades íntimas da nossa natureza”. Explico: nada neste mundo terá a forma que te realizará pessoal ou profissionalmente, se a base, o nascimento e o desenvolvimento não tiver conteúdo e não vier de dentro de você. E garanto: pouca gente nesse mundo tem o autoconhecimento suficiente para gerenciar esta magnífica ferramenta.

“Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio”. Com essa frase, Sócrates apenas nos deu a dica de como “tudo” deve começar...

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