ARTIGO

Doenças psicossomáticas: quando o corpo fala!

Por Júnior Ometto | 06/01/2024 | Tempo de leitura: 3 min

A mente não foi feita para suportar sentimentos negativos e essa carga provoca o corpo a dar “gritos” de alerta. Desse cenário, nascem as doenças. Vamos entender isso?

Inicialmente, vamos recorrer a um alerta importante feito por Freud: “Tudo o que a mente não resolve, o corpo transforma em doença”. Essa descoberta Psicanalítica e seu tratamento, nunca fez tanto sentido como em nosso mundo atual.

A palavra “psicossomática” se forma pela união de duas palavras gregas: psique (alma) e soma (corpo). Portanto, doença psicossomática tem origem na alma (emoções) e afetam o corpo, através de sintomas e doenças.

Estudo modernos ligados a Inteligência Emocional e a Neurociência comprovam o “alerta” de Freud e vão além, pois já são unânimes em afirmar que todas as doenças (tanto físicas quanto psicossomáticas), tem suas causas nas emoções, no desequilíbrio psicológico.

Mas vamos traduzir tudo isso de forma prática e objetiva. Quando temos conflitos internos, ou seja, situações que não são resolvidas, a mente “pede ajuda” ao corpo para resolver aquilo. E o que são esses conflitos? Vou descrever apenas alguns, uma vez que existem muitos e variam de pessoa a pessoa e de histórias de vida. O principal deles provém da falta de capacidade em aceitar o que não está no nosso controle (a maior parte das coisas desse mundo!) e da dificuldade em compreender e perdoar. Quando não perdoamos ou praticamos a aceitação, instalamos automaticamente um conflito interno que tem ligação com várias emoções negativas: mágoa, rancor, frustração, inveja, baixa autoestima, culpa, raiva ou medo desequilibrados (nossa mente e nossa essência não aceitam isso), e, então, a partir daí, a mente vai tentar resolver esses processos mal elaborados, mas do jeito dela... Portanto, se não buscarmos ajuda correta para a solução disso, podemos adquirir ou “antecipar” muitos tipos de doenças físicas e emocionais.

Outro exemplo recorrente é que muitos não estão ligados à sua essência: falta sentido e propósito de vida. Não estão onde e com quem realmente gostariam de estar, não são o que gostariam de ser, enfim, são frustrados por vários motivos, mas, mesmo assim, vão “tocando” suas vidas, muitas vezes em função de estarem entregues a uma possível zona de conforto ou de interesse ilusório (fugas, prazeres imediatos e autoenganos), ou até mesmo por não terem coragem de assumir quem realmente são ou querem fazer. Não é difícil entender que esses conflitos vão gerar sérios problemas. Esse, portanto, é o roteiro de tanto sofrimento e infelicidade, bem como de doenças e de tantos absurdos da vida real...

A terapia, feita com perseverança e através de um bom profissional, é a melhor ferramenta para que você entenda o que pode estar acontecendo com você e, então, possa fazer o tratamento ideal para eliminar as causas, na raiz, uma vez que os conflitos são como bolas de neve, se não mapeados e tratados. Buscar ajuda é sinal de sabedoria e coragem e bons profissionais conseguem utilizar as melhores técnicas para as devidas transformações, pois agem como um diretor de filmagem, mostrando - de forma consciente e inconsciente - o que precisa ser alterado e o que está prejudicando, mas o paciente não tem consciência. O objetivo é o autoconhecimento, base para a felicidade e o equilíbrio, juntamente com a “limpeza” ou o “ajuste” do que não está funcionando, ou está sendo a fonte de algum conflito.

“As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem de piores formas mais tarde”. (Sigmund Freud)

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