ARTIGO

O que você pensa é o que você recebe

Por Fabiane Fischer | 04/01/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Hoje vou trazer exemplos práticos para que você consiga visualizar quais dos dois personagens deste artigo te traduz e assim revelar o modo com que você vem sentindo a vida. Sei que as situações que enfrentamos durante toda nossa vida nos formaram para pensarmos como pensamos e consequentemente agimos no hoje, mas quero com este artigo plantar em você a possibilidade real da mudança no pensar e agir e assim consequentemente no sentir e nos seus resultados de vida.

Imagine dois indivíduos em um engarrafamento, cada um em um carro. Um se sente preso e sem saída e diz para si mesmo: “Eu não vou suportar isso!”, “Eu tenho de sair daqui!” e “Porque eu fui me enfiar neste transito?”. O que ele está sentindo é ansiedade, raiva e frustração. O outro percebe a situação como uma oportunidade de se acomodar, relaxar e ouvir música. Ele se diz coisas como: “O que me resta é relaxar, ouvir uma boa música e esperar o trânsito fluir”. A sensação dele é de calma e aceitação. Em ambos os casos, a situação é exatamente a mesma, mas os sentimentos em resposta à situação são completamente opostos por causa do discurso interno, ou voz interna, de cada um deles.

A verdade é que o que dizemos a nós mesmos, em resposta a qualquer situação é o que determina nosso humor e sentimentos. Frequentemente dizemos essas coisas tão rápida e automaticamente que nem nos damos conta, por isso temos a impressão de que são as situações externas que nos “fazem” sentir como nos sentimos. Mas, na verdade, nossas interpretações e pensamentos sobre o que está acontecendo é que formam as bases para nossos sentimentos.

Em resumo, você é altamente responsável pelo que sente (exceto por determinantes fisiológicos, como doenças). Essa é uma verdade muito importante e profunda, mas que às vezes leva tempo para ser totalmente compreendida. Em geral, é mais fácil colocar a culpa pelo que sentimos em algo ou em alguém externo do que assumir a responsabilidade por nossas reações. Mas é pela sua vontade de aceitar essa responsabilidade que você começa a assumir o controle da sua vida. A percepção de que você é o principal responsável pela forma com que se sente é o que lhe dá o poder, uma vez que assume essa responsabilidade por completo. Essa é uma das mais importantes chaves para uma vida mais feliz e livre de ansiedade.

As pessoas que sofrem de ansiedade são especialmente propensas a dar ouvidos à voz interna assustadora. A ansiedade pode ser gerada no impulso do momento com afirmações repetidas para si mesmo que começam com duas palavras: “E se...”. Qualquer ansiedade que se vivencia em antecipação ao enfrentamento de uma situação difícil é fabricada por você com sentenças “e se”. Quando você decide evitar a situação por completo, é provável que seja por causa das perguntas assustadoras que impõe a si mesmo: “E se eu entrar em pânico”. “E se eu não conseguir lidar com isso?”, “O que as outras pessoas pensarão se me virem ansioso?”. Apenas percebendo quando cai no discurso “e se” você já dá o primeiro passo para assumir o controle sobre ele. A mudança verdadeira ocorre quando você começa a contestar e substituir os pensamentos negativos “e se” por afirmações positivas de auto apoio que reforcem a sua capacidade de lidar com a situação. Por exemplo, você poderia dizer: “E daí?”, “É apenas um pensamento”, “É apenas um discurso apreensivo” ou “Eu consigo lidar com isso”.

Os pensamentos apreensivos assumem várias formas, mas aqueles que sofrem de ansiedade conhecem intimamente a  catastrofização.

O exemplo acima tem o poder de demonstrar com simplicidade e clareza o que nossa mente é capaz de criar e como podemos alterar estes pensamentos mudando os nossos resultados e assim vivendo de uma maneira muito mais prazerosa.

Afinal, qual dos dois é você?  Com carinho, Fabiane Fischer.

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