Orgulho maior veio durante a cobertura do evento pela imprensa. Um dos jornais locais estampava a notícia que seria escrito o livro sobre o Gatão, Vicente Naval Filho. E esta reportagem dizia que a conversa inicial sobre a obra havia sido feita durante a noite do relançamento de meu livro, através do professor Adolpho Queiroz e de Gatãozinho, filho do esportista revelado pelo XV que também defendeu por muitos anos o Corinthians da capital paulista.

Penso que toda esta iniciativa auxiliou no semear de uma sementinha que deu árvores e seus frutos foram colhidos. E como é gratificante participar de iniciativas que dão bons frutos. O livro do Gatão foi lançado meses depois, numa festividade prestigiada por centenas de pessoas no Clube Cristóvão Colombo.

Utilizo essa premissa para que notemos o quanto é importante pisar no Centro Cultural Martha Watts, um local que transpira história, seja ela sobre a educação ou sobre a sociedade piracicabana. O espaço tem sua riqueza arquitetônica, com áreas muito bem divididas e inspira um bem-estar para todos que passaram no local durante estes 20 anos de atividades.

Claro que minhas experiências não se resumem a apenas este fato. Nos remetem também à pesquisa feita em seu acervo para que meu livro fosse concretizado, além de trazer uma nostalgia imensa por ter eu cursado a graduação em comunicação social pela Unimep, quando esta funcionava em prédio anexo o CCMW, lá pelos idos anos 1980. Foi uma honra ver o acervo pessoal de Rocha Netto preservado pela iniciativa privada.

A obra lançada esta semana intitulada “Colecionando memórias: 20 anos do Centro Cultural Martha Watts” é uma obra polida e que merece a atenção do piracicabano. Coletânea com mais de 40 autores, inspira as gerações para pensar nos próximos anos, mirando-se no passado que reuniu milhares de pessoas em suas atividades sociais, lúdicas e como ponto de encontro da sociedade piracicabana. Quem nunca ficou minutos fitando o prédio ou tentando descobrir como era a vida no seu interior muitas e muitas décadas atrás ? A obra tem a coordenação de gente que viveu toda esta história e a quem dedicamos nossos parabéns, sendo elas a Ana Paula Paschoaldeli Castilho, Joceli Cerqueira Lazier e Reinaldo Diniz.

Quando recebemos pelo IHGP o pedido de apoio nesta publicação, de imediato todas estas rememorações e tantas outras povoaram nossa mente. De uma forma bem gostosa, claro. Afinal, a história é rica em Piracicaba e ajudar a escrever esta história é papel tanto nosso, enquanto Instituto Histórico, quando do aniversariante, no caso, o Centro Cultural. Parabéns pela data, pela obra e pela preservação da cultura de Piracicaba.

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