A Secretaria Municipal de Saúde pediu auxílio à Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), órgão do Governo do Estado, para agilizar a identificação de local provável de infecção por febre maculosa. A medida foi informada pela Pasta em resposta a um questionamento do Jornal de Piracicaba sobre o caso de um homem que morreu vítima da doença, no dia 15 de outubro, mas a família não havia sido procurada pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) até a tarde de terça-feira (05) para informar os locais que o paciente frequentou e que pode ter sido infectado.
De acordo com o comunicado, neste caso, a equipe responsável optou por pedir auxílio da Superintendência de Controle de Endemias para maior transparência e agilidade na conclusão do processo.” Estava previsto para esta quarta-feira (06), a visita de uma equipe do órgão estadual à cidade, momento em que o CCZ fará novo contato com a família para prosseguimento do processo de LPI”. Ao Jornal de Piracicaba, a tia do paciente que morreu disse que nem ela e nem outros membros da família foram procuradas para prestar informações sobre os locais que ele frequentava.
MAIS UM CASO
A Vigilância Epidemiológica Municipal confirmou nesta quarta-feira (06) mais um caso de febre maculosa em Piracicaba neste ano. O registro é de um paciente do sexo masculino, na faixa etária entre 50 e 59 anos, que teve sintomas em setembro e já evoluiu para cura.
Em outubro, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou um caso positivo para a doença em uma paciente do sexo feminino, na faixa etária entre 30 e 39 anos, que apresentou sintomas em junho desse ano, com evolução para cura. Dois óbitos foram confirmados em novembro, em pacientes do sexo masculino, nas faixas etárias entre 20 e 39 anos. No ano passado, foram confirmados dois casos e um óbito pela doença. Em 2021, foram cinco confirmações e quatro mortes.
O trabalho de orientação e prevenção à febre maculosa é realizado pelas secretarias de Saúde, por meio CCZ e Simap (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente). A Prefeitura alerta para os riscos da doença, que é transmitida pelo carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii e pode levar à morte.
A SMS reforça que o período de maior incidência da febre maculosa é entre junho e novembro, mas em Piracicaba, por ter um rio que corta a cidade, é necessário mais cuidado. No verão, época das cheias, o cartão-postal atrai muitos piracicabanos e turistas às suas margens. Além das pessoas, o local também é o preferido das capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela.
Além das margens do Piracicaba, desde o bairro Monte Alegre até Ártemis, outras áreas identificadas como de maior risco de contaminação da doença são as margens do ribeirão Piracicamirim, a lagoa do Santa Rita, Parque da Rua do Porto e a margem do rio Corumbataí – a prefeitura mantém placas de alerta para a incidência do carrapato.
A Secretaria de Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. Em Piracicaba, toda a rede de saúde está capacitada e orientada sobre o atendimento à doença e de casos suspeitos.
Comentários
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José Luiz Peres Moraes 08/12/2023As picadas de insetos sugadores de sangue são inevitáveis em países tropicais! De nada adianta esses avisos, placas, etc. Na verdade, temos que capacitar os médicos e laboratórios, para obtermos um diagnóstico precoce e, principalmente; saber tratar este tipo de zoonose. Escrevi um livro sobre este assunto e o Instagram é @drkeka3 Lá tem muita ciência e informação!