ARTIGO

Dia 28 de novembro, São Paulo vai parar!

Por Professora Bebel |
| Tempo de leitura: 3 min

Convocada por um conjunto de entidades do setor público – entre elas a APEOESP -, centrais sindicais, sindicatos dos trabalhadores das estatais, com apoio de entidades estudantis e movimentos sociais, totalizando mais de 50 organizações, a greve estadual do funcionalismo e trabalhadores de empresas estatais ameaçadas de privatização ocorre no dia 28 de novembro, com a realização de uma grande manifestação às 15 horas na Assembleia Legislativa.

A greve se tornou necessária e irreversível em função da multiplicidade de ataques do governo Tarcísio de Freitas aos serviços públicos, aos direitos dos servidores e da população. As 50 entidades que até o momento participam do Grito pelos Serviços Públicos de Qualidade e Direitos do Funcionalismo no Estado de São Paulo estabeleceram uma pauta mínima unificada que conta com os seguintes pontos centrais:

Lutar contra o corte de 10 bilhões nas verbas da Educação (redução de 30%, para 25% a dotação orçamentária do setor).

Lutar contra a privatização da SABESP.

Lutar contra as anunciadas privatizações do Metrô e da CPTM.

Lutar contra a reforma administrativa, elaborada em gabinetes do Governo do Estado, sem nenhum diálogo com o funcionalismo, que institui o pagamento por subsídio (e não mais salário) e aponta para novas etapas de desmonte dos serviços públicos e dos direitos dos servidores.

Lutar contra terceirizações privatizações nos serviços públicos.

Lutar contra demissões de lideranças sindicais, assédio moral e autoritarismo no setor público.

Esse conjunto de ataques do Governo Tarcísio de Freitas se faz, em grande medida, com a apresentação de projetos de lei na Assembleia Legislativa, razão pela qual as entidades realizarão a manifestação no dia 28 de novembro, às 15 horas, em frente ao parlamento paulista, no sentido de dialogar com os deputados e pressioná-los a não aprovarem esses projetos do governo.

A Educação, principal serviço público, que interessa ao conjunto da sociedade, representa instrumento de desenvolvimento e soberania para o país e abre efetivas perspectivas de futuro para nossas crianças e jovens, não pode perder R$ 10 bilhões. O Estado de São Paulo e o Brasil ainda precisam investir muitos recursos para que possamos atingir um padrão de qualidade necessário aos interesses, expectativas e necessidades da nossa população. Por isso, estamos nos empenhando na coleta de 300 mil assinaturas em Proposta de Emenda à Constituição de iniciativa popular para que a dotação de 30% seja mantida.

Nossa luta por uma universidade federal em Piracicaba também prossegue. Continuamos trabalhando junto ao Ministério da Educação e outros órgãos do Governo Federal para que esse sonho se torne realidade, com a União encampando o Campus Taquaral da UNIMEP, atualmente desativado.

A Região Metropolitana de Piracicaba, com 24 municípios, mais de 1,5 milhão de habitantes, 50 mil jovens formados no ensino médio todos os anos e sua crescente importância econômica, social, tecnológica, cultural e turística, necessita e merece uma instituição federal e ensino superior.

Mas de Brasília bem uma boa notícia. O governo do presidente Lula retomou o programa Minha Casa Minha Vida, que beneficiará também Piracicaba, com a construção imediata de 372 novas unidades habitacionais na cidade, voltadas a famílias de menor poder aquisitivo.  Já na segunda-feira, dia 27, nosso mandato promove na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, às 10 horas, sessão solene em comemoração aos 110 anos do nosso glorioso XV de Novembro de Piracicaba, quando personalidades que fazem parte da história do Nhô Quim estarão sendo homenageados. Convido a todos para esta evento que levará o nome da nossa Piracicaba.

--------------

Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.

Comentários

1 Comentários

  • RAFAEL C DE CAMARGO 25/11/2023
    Prejudicados: alunos e população... somente