Igor Machado Nóbrega, 22 anos; Caio Henrique dos Santos Delgrado, 18 anos; Lucas Jurno, de 25; e Leonardo Malagolli, de 30. Os quatro jovens entraram para a estarrecedora estatística sobre mortes de motociclistas no trânsito de Piracicaba. Até esta sexta-feira (24), a cidade contabilizava 18 casos fatais em 2023.

Os quatro rapazes morreram nesta última semana, respectivamente, na avenida Independência, estrada do Monjolinho, estrada do Água Santa e na avenida Luciano Guidotti. Segundo a Prefeitura, Piracicaba conta com 73.195 motos em circulação.

Os acidentes com motos com vítimas não fatais somaram 641 casos de janeiro a outubro. Na maioria dos registros de colisões, são verificadas imprudências: sejam dos próprios motociclistas ou de motoristas que também não respeitam as leis de trânsito. “Sei que há muitos excessos no trânsito, mas os motoqueiros são muito desrespeitados também de forma geral. Infelizmente, aqueles que trabalham com entregas, como eu, têm metas a cumprir. É difícil em uma cidade com um trânsito desorganizado como Piracicaba”, disse Wellington Lima, que trabalha para uma rede de supermercados.

“Estudos do governo estadual de SP demonstram que em torno de 90% dos sinistros são ocasionados por falha humana. Contudo, antes de um acidente sempre há o cometimento de alguma imprudência. Diante de informações apuradas nos locais dos úl mos óbitos ocorridos com motociclistas em Piracicaba, aparentemente o excesso de velocidade e transitar no corredor entre os veículos foram o mo vo dos sinistros. Ainda foi verificado que as vias estão devidamente sinalizadas, conforme preconiza o CTB”, diz a Prefeitura, em entrevista ao Jornal de Piracicaba.

INFRAÇÕES - O governo municipal enviou ao JP as infrações de trânsito mais cometidas envolvendo motos. Este ano, até o último levantamento atualizado pela Secretaria de Trânsito, foram 5.165 casos de excesso de velocidade com até 20% acima do permitido; 2.018 casos de motociclistas com velocidade entre 20% e 50% acima do permitido; e 2.422 infrações relacionadas a avanço do sinal vermelho.

Número de motos cresce 3% ao ano na cidade