“O que é pior: desistir do que quer, ou se contentar com o que nunca quis?” (Reverb)
Se esta frase de alguma forma te incomodou, você pode estar sendo vítima de alguma das chamadas “armadilhas emocionais”. A função delas é nos enganar, usando, paradoxalmente, o argumento de nos proteger, com base em crenças que ainda não aprendemos a desaprender e que, na maioria, nem sabemos que temos.
Reflita: você está satisfeito com as condições de vida que você tem oferecido para você mesmo, para seus filhos, para sua família? Seus relacionamentos são saudáveis? Como empresário ou gestor, você está satisfeito com o desempenho da sua empresa ou da sua equipe? A sucessão da sua empresa está bem planejada e em boas mãos? Sua atividade profissional tem sido um “fardo pesado”? Como vai ser o nível da sua vida quando você se aposentar? A “oportunidade” que você está esperando nunca chega? A comparação tem roubado seu desempenho profissional e sua qualidade de vida pessoal e relacional? Você está com algum transtorno? Sua vida tem sido uma sucessão de sonhos não realizados? Você tem o sentimento de que algo está travando seu desenvolvimento? E por que está assim? Por que isso não muda? Tenha certeza de uma coisa: conhecimentos, habilidades e experiências “técnicas” ou “formação acadêmica” não tirará você desta situação!
Obedecer às armadilhas sem conhecê-las ou ressignificá-las nos deixa em conflito com nosso eu e as consequências vão bloqueando nosso caminho, pessoal e profissionalmente.
Claro que esse quadro, além de má qualidade de vida e insatisfação, traz ou adianta muitas doenças.
Você quer uma vida na "média", igual à maioria, ou bem acima da média, igual a poucos? Separei algumas dicas poderosas:
1) Aceite que esta vida terrena é passageira e você vai deixá-la.
2) Se alguém conseguiu, você também pode conseguir.
3) Não gaste tempo nem energia no que realmente não te faz feliz.
4) Tome suas próprias decisões.
5) Sua cura e o que você precisa já estão dentro de você. O autoconhecimento proporciona esta descoberta.
6) Fuja de pessoas negativas, fofoqueiras, vazias ou que não colaborem com seu crescimento.
7) Ame tudo o que você faz e tem e não seja escravo de nada.
O mundo está exigindo demais e quem está “aderindo”, pega um atalho perigoso. Somos cobrados para ser os melhores em tudo e essa dinâmica é simplesmente destruidora. Somado a isso, muitas pessoas realmente estão “aprisionadas” nelas mesmas, dando total liberdade para a mente (mesmo que de forma inconsciente) utilizar as armadilhas sabotadoras, através de crenças limitantes e/ou construções emocionais doentias que, como âncoras, freiam as possibilidades de felicidade e realização, trazendo sofrimento, angústia, bloqueios, descontrole emocional e transtornos.
Por que continuar nesse processo conflituoso, infeliz e paralisante?
A Terapia Psicanalítica proporciona uma estratégica investigação dessas armadilhas, juntamente com a devida ressignificação, num trabalho conjunto entre Paciente e Profissional, com técnica e amor. E vale lembrar que somos únicos, cada um tem sua própria construção psíquica, portanto, merece e precisa ser respeitado e tratado em sua individualidade.
O problema não deve ser “mudar”. O problema, mesmo, é continuar reclamando e sofrendo pelos mesmos motivos, continuamente.
Saúde mental é coisa séria! É a base, o alicerce.
“Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada.” (Augusto Cury).
--------------
Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.