110 ANOS DO XV

'Torcedora-símbolo' e primeira conselheira da história, Lili é um 'patrimônio' do XV

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Facebook do XV de Piracicaba
Lili foi homenageada em 2019 pela torcida AR-XV
Lili foi homenageada em 2019 pela torcida AR-XV

Possivelmente, todos que são ligados de alguma forma ao XV de Novembro conhece a piracicabana Emília da Rocha Lima, a Lili. Aos 76 anos, ela esbanja saúde e entusiasmo para acompanhar sua grande paixão: o Alvinegro da Noiva da Colina. “Obrigado velho amado e querido XV de Piracicaba por sua existência na minha vida por ser o meu maior orgulho sempre; nas vitórias ou nas derrotas, estarei sempre aqui”, discursa, emocionada.

Considerada “torcedora-símbolo” do clube, Lili também se tornou a primeira mulher a conquistar uma cadeira no Conselho Deliberativo do XV – ao lado da amiga Angela Barbieri.

“Conheci o XV ainda criança, pois muita gente falava dele com muito carinho e respeito. E, ouvindo aos mais velhos, peguei gosto pelo futebol e escolhi que o XV iria ocupar um lugarzinho no meu coração”, declara. “Escolhi o melhor de todos: o XV de Piracicaba, que até hoje vive comigo onde quer que ele jogue”, emenda.

Aliás, o “currículo” da Lili nas arquibancadas é farto: Jaú, Marília, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Campinas, Itararé, Sorocaba, Araraquara, Barretos, Garça, Monte Azul… Ela perde a conta dos lugares onde já conheceu em nome do XV. Já no Barão da Serra Negra é “figurinha carimbada” não somente nos jogos do time profissional, como também nas categorias de base e agora no feminino.

Porém, como toda relação, há suas crises. Nestes casos, Lili "corneta" o time e faz o que pode, como conselheira, para mudar a rota para fazer o time novamente vencedor. “A maior decepção para mim sempre foram as perdas dos acessos que não conseguimos”, diz a veterana torcedora, que garante que teve muitas emoções positivas também. “As alegrias sempre foram as vitórias conquistadas nas lutas dentro de campo, e também o acesso de 2010, entre outros”.

‘TORCEDORA-SÍMBOLO’

Outro orgulho de Lili é o fato de ter sido escolhida a “torcedora-símbolo” do Alvinegro. “Todos dizem que represento bem esse título. Se gosto disso? Posso dizer que muito. Quem me deu esse título foi o então presidente Romeu Italo Ripoli, já falecido. Foi no meu aniversário em 20 de abril nos anos 80”, recorda.

Com tantos laços com o Alvinegro Piracicabano – que completa 110 anos na próxima quarta-feira (15) – a torcedora e conselheira segue firme na torcida, independente do que acontecer pela frente: “Continuo (indo aos jogos) e jamais vou abandoná-lo. Mesmo que ele ( XV) não chegue a lugar nenhum, sempre estará no meu coração”, finaliza.

Lili (à direita) com Angela Barbieri e Maurício Senna: na torcida pelo XV

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