PEÇA-FILME

'Casa Limpa Marido Sujo' terá exibições gratuitas em Santa Bárbara d'Oeste

Por Da Redação | redacao@jpjornal.com.br
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Marilia Scarabello
“Casa Limpa Marido Sujo” conta com dramaturgia de Tatiana Ribeiro, com direção audiovisual de Sol Faganello
“Casa Limpa Marido Sujo” conta com dramaturgia de Tatiana Ribeiro, com direção audiovisual de Sol Faganello

Baseada na obra literária “Mônica vai jantar”, do escrito soteropolitano Davi Boaventura, “Casa Limpa Marido Sujo” chega a Santa Bárbara D’Oeste nesta sexta-feira (10), às 19h30, na Estação Cultural da Fundação Romi, e na próxima quinta-feira (16), às 19h, na Biblioteca Leo Sallum. A peça-filme é gratuita, e teve sua estreia no dia 21 de outubro, em Jundiaí.

Com uma temática que coloca em foco uma narrativa pouco abordada, o projeto fala sobre mulheres que não são vítimas diretas da violência de gênero e como elas podem ser afetadas profundamente quando essa violência é praticada por homens com quem elas convivem.

A tragédia que sustenta a peça-filme começa quando Mônica, personagem principal da trama, descobre que seu companheiro foi linchado ao ser pego se masturbando dentro de um ônibus. A narrativa mira o monólogo na personagem, que apesar de não ser a vítima ou o abusador da violência, acaba sendo diretamente afetada pelo assédio sexual.

“Casa Limpa Marido Sujo” conta com dramaturgia de Tatiana Ribeiro, direção audiovisual de Sol Faganello e uma ficha técnica formada majoritariamente por mulheres e pessoas não binárias - agregando mais de vinte e cinco profissionais.

Já o elenco é composto por Marici Nicioli, Jackeline Stefanski Bernardes e Amanda Mantovani, que também assina a direção geral de Casa Limpa Marido Sujo e afirma que “é difícil elaborar sobre uma violência que não aconteceu com você, mas te devastou da mesma forma. Toda mulher tem os efeitos de uma violência masculina na sua história - das micro às fatais, mesmo que não tenha sido no próprio corpo. Falar dessas narrativas é adentrar um vórtice de dores e dúvidas, por isso elas são tão pouco registradas".

O projeto, contemplado pelo ProAC 2022 (Programa de Ação Cultural) e realizado em parceria com a Gestão de Cultura de Jundiaí, apresenta a trama de uma forma inovadora, misturando artes visuais, teatro e cinema, resultando em uma peça em formato de filme e uma instalação artística e cenográfica na Pinacoteca da cidade.

A peça-filme ainda contará com uma exibição comentada, com a presença das diretoras Amanda Mantovani e Sol Faganello.

"Nossas Mônicas vão descobrindo que não existe protocolo para reagir à violência de quem se ama, mas que é esperado que elas limpem a sujeira. Falar dessas dores tão comuns a todas, mesmo no campo da dúvida, nos ajuda a exercitar o olhar para os homens que as perpetuam e criar novos finais para essas histórias”, conclui Amanda.

Mais informações no Instagram: @_casalimpamaridosujo.

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