ARTIGO

Jesus e as Soft Skills

Por Júnior Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Independente da sua religião ou crença, este artigo é um convite à reflexão sobre o homem Jesus. Que Ele existiu, ninguém pode duvidar, pois fé e ciência já se encontraram sobre isso.

Temos a chance de aprender muito com Jesus. Terapeuticamente, viajaremos neste artigo em sua sabedoria e, para isso, vou utilizar apenas “uma” dessas oportunidades de aprendizado com o Mestre, analisando um termo famoso e atual que trata das nossas competências comportamentais, ou seja, as soft skills, que, inclusive, respondem por até 80% da nossa qualidade de vida pessoal e profissional, citando algumas delas e como Ele as dominava.

Jesus, como era regra na época, seguia a profissão do pai (carpinteiro), portanto, desde muito cedo já utilizava em seu trabalho as ferramentas (prego, martelo) que iriam crucificá-lo anos mais tarde. E de forma consciente! Como homem que era, deveria então ser o mais depressivo, ansioso ou estressado da época! Mas, paradoxalmente, um de seus grandes legados foi praticar (e ensinar) o genuíno poder da inteligência emocional e seus benefícios.

Tudo o que Ele fez e falou durante sua passagem pela Terra foi pura sabedoria e, nos Evangelhos da Bíblia, podemos nos deleitar nela, aliás, Evangelhos escritos por alguns de seus discípulos, homens que ele simplesmente transformou da água para o vinho. Pedras brutas que Ele maravilhosamente lapidou com sua liderança, exemplo, influência, comunicação e negociação, provando que mudanças são possíveis!

"Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra”. Pois bem, quanta sabedoria (não explorada) há por trás deste episódio onde Jesus defende uma pecadora das pessoas que a estavam condenando, as quais, depois de ouvirem esta frase, foram se retiraram do local, uma a uma, sem atirar as pedras (a frase e o episódio completo estão no capítulo 8, versículos 1 a 11 do Evangelho de João). Jesus, exemplo de compaixão, ou seja: empatia na prática!

Quantos continuam hoje, 2023 anos depois, na mesma: julgando o outro e sofrendo, por não entenderem que estas pedras atrapalham o seu próprio caminho. Pedras são fardos, crenças limitantes, passado mal resolvido, futuro sem perspectiva, lixos emocionais que tentamos “atirar nos outros” para nos livrar (mas só pioramos nossa situação). Portanto, veja a magnitude do grande convite de Jesus neste episódio! Na verdade, Ele faz aquelas pessoas refletirem não só no fato de não terem o poder de condenar alguém, mas Ele quer que esta reflexão vá além: só não atira pedras nos outros quem não as tem! Isso é resolver na raiz. Jesus tinha resiliência, tolerância e sabia resolver problemas complexos.

Estamos neste mundo em evolução constante e devemos entender que cada um tem sua história, estrutura, limites (independente da quantidade, tempo ou tamanho, pois ninguém é igual a ninguém). Vemos, inclusive, muita gente (famosa ou não) sendo acusada e condenada por erros que comete e, o pior, a parte “boa” destas pessoas vai de carona no contexto e isso realmente não faz o menor sentido.

Portanto, cada um está no seu ponto de evolução e podemos inteligentemente respeitar essa dinâmica, pois o foco deve ser o que aprendemos com nossos erros, buscando novos “pontos” de evolução, mesmo que algumas tentativas falhem. Isso é viver com sabedoria, ou seja, evoluir, sermos melhores hoje do que fomos ontem e não melhores que os outros.

“O maior feito de Jesus não foi ressuscitar os mortos, mas a capacidade de ressuscitar os vivos”. (Padre Fábio de Melo)

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