MORTE

Novos depoimentos evidenciam falhas no atendimento prestado à menina Jamilly

Por André Thieful |
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Leite
CPI segue com trabalho de investigação sobre morte de criança
CPI segue com trabalho de investigação sobre morte de criança

Os quatro integrantes da equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) acionada para a transferência da menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, da UPA da Vila Cristina para a Santa Casa, na noite de 11 de agosto, prestaram depoimento à CPI formada na Câmara Municipal para apurar as circunstâncias da ocorrência.

Após ser picada por escorpião, a criança recebeu atendimento na unidade, foi transferida para o hospital, mas morreu na madrugada seguinte.

Para o vereador  Acácio Godoy (PP), presidente da CPI, os depoimentos da equipe do Samu evidenciaram divergências e incongruências em versões já apresentadas anteriormente à comissão sobre o atendimento prestado a Jamilly, além de falhas em protocolos também já identificadas.

A equipe ouvida na CPI atua, pelo Samu, na USA (Unidade de Suporte Avançado). Prestou depoimento a enfermeira Mariana Romelli Beraldo, que relatou detalhes da ocorrência, o estado da paciente, as tentativas de acesso venoso e a chegada à Santa Casa. O médico Thiago Afonso Bertholo explicou que, na base do Samu, ele próprio foi o responsável pela liberação da vaga zero para Jamilly, já que é coordenador da Central de Vagas e atuou também como médico intervencionista.

Também foram ouvidos o socorrista condutor Celso Donisete Vacari, que apresentou detalhes sobre o deslocamento para atendimento da ocorrência sob código vermelho, e o interno da faculdade de medicina, Matheus Freitas Barbosa.

Nesta quinta (26), a partir das 8h, a CPI coleta os depoimentos de três funcionários da Santa Casa. Para sexta-feira (27), às 8h, estão previstas as oitivas de outros três funcionários do hospital. Na segunda-feira (30), devem participar mais dois profissionais da equipe de saúde da Santa Casa e outros dois na terça-feira (31), ambos às 8h.

A CPI já ouviu, desde o início dos trabalhos, os depoimentos de representantes do Coren (Conselho Regional de Enfermagem), do GVE (Grupo de Vigilância Estadual) e Cevisa (Centro de Vigilância Sanitária Municipal), além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais funcionários da UPA que atuaram na ocorrência, inclusive a médica responsável pelo caso de Jamilly. Desde 1º de julho, a UPA da Vila Cristina é administrada pela OSS (Organização Social de Saúde) Mahatma Gandhi.

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