O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos denuncia demissões em massa por meio de telegrama de trabalhadores da fábrica da General Motors na cidade. O número de desligamentos ainda é desconhecido, mas o sindicato aponta "centenas" de desligamentos em São José.
Segundo a entidade, os cortes estão ocorrendo neste sábado (21) na fábrica de São José dos Campos e nas plantas de Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul.
“Trata-se de demissão covarde, arbitrária e pelo meio mais cruel possível, que é o telegrama. Além disso, a GM está descumprindo um acordo que tem com o sindicato e a categoria”, disse Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato.
A entidade convocou uma assembleia de emergência para este domingo (22), às 10h, na sede do sindicato, na região central de São José. A aprovação de um estado de greve não está descartada.
“Desde já, o sindicato exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores”, informou a entidade. “O sindicato ainda exige a manutenção dos postos de trabalho e a estabilidade no emprego para todos da fábrica”.
Em São José, ainda segundo o sindicato, a GM tem um acordo firmado de não realizar demissões ou adotar outras ações sem prévia negociação com o representante legal dos trabalhadores.
LAYOFF
Em 27 de junho deste ano, trabalhadores da GM de São José aprovaram a proposta de acordo para implantação de uma nova suspensão temporária de contratos (layoff) na fábrica.
O novo layoff começou em julho e segue até 3 de maio de 2024, com duração de até dez meses. A medida atingiu 1.200 trabalhadores.
O sindicato informou que, durante a vigência do layoff, a fábrica não poderia fazer demissões sem antes negociar com a entidade. Entre os demitidos neste sábado, segundo a entidade, também há trabalhadores que estavam incluídos no layoff.
A GM emprega cerca de 4.000 pessoas em São José e produz a picape S10 e o utilitário esportivo Trailblazer.
OUTRO LADO
Procurada, a GM confirmou as demissões e disse que foram motivadas por queda nas vendas e nas exportações, mas não informou o número de pessoas que serão desligadas.
"A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro", informou a fábrica.
Comentários
5 Comentários
-
Laurence Benatti 23/10/2023Sindicatozinho de caca. Vcs não valem nada! Só serve para encher o saco. -
Benedito Carlos Couto Faria 22/10/2023O auge da GM se foi, e agora com a chegada de carros eletricos e outras marcas chinesas, me parece que a Gm ta ficando pra tras -
Rosane Duraes Campos Gomes 21/10/2023o L destruindo o país como esperado -
Jeferson 21/10/2023Concordo Domingos. Porém, a GM alega queda nas vendas para justificar as demissões. Só que comparando as vendas no mercado brasileiro desde o início do ano até agora, comparando com o mesmo período de 2022, temos alta de 7% nas vendas da GM no Brasil. Então não se trata exatamente de queda nas vendas. Por outro lado, sabemos que a empresa vem em um longo processo de reestruturação e que, além disso, a transição para veículos eletrificados vai resultar em mais demissões pelo mundo. Se vem ordem da matriz nos Estados Unidos para demitir aqui, não há muito o que fazer. -
Domingos Savio Bassi 21/10/2023Toda demissão é ruim, mas não podemos esquecer que um dia somos admitidos e um dia somos demitidos. Isso faz parte do processo, pois nenhuma empresa que se prese, vai manter funcionários com vendas em queda. O Sindicato já deveria saber disso.