HOMENAGEM

Escola Bauhaus recebe exposição em memória do artista Eduardo Américo

Por Fernanda Rizzi | fernanda.rizzi@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Eduardo Américo
Eduardo faleceu em junho deste ano
Eduardo faleceu em junho deste ano

A exposição "Matizes para permear-te" apresenta uma descoberta dos horizontes de Eduardo Américo, uma homenagem ao versátil artista que faleceu em junho deste ano. A abertura acontecerá na Galeria da Escola Bauhaus (rua José Pinto de Almeida, 172, Bairro Alto), neste sábado (21), às 10h. A entrada é franca.

Com formação em composição e regência, Américo deixou sua marca como Professor Waldorf, no qual a arte de ensinar se traduzia no pulsar diário da beleza e poesia em cada ação. A mostra, cuidadosamente organizada por Camila Ferres, e com a colaboração de Manuel Guglielmo, apresenta cerca de 40 obras em diversas linguagens. Essa é apenas uma pequena amostra do vasto trabalho do artista, que explorou as mais diversas áreas artísticas.

“O Edu era um artista múltiplo, artístico, com muitas linguagens. Ele tinha uma produção artística bastante ativa. A profissão de professor era onde se convertia. Era uma pessoa profunda e bonsoda. Realmente um talento, muito das obras que estão na exposição são espontâneas, dele sentar em casa e fazer o registro naquele momento”, conta Camila Ferres, companheira do artista. “Ele também foi muito próximo da cultura Piracicaba, e muitas das obras mostram essas ligações”, completa sobre as suas contribuições para a cultura e a arte em Piracicaba.

O ARTISTA
Eduardo Américo, natural de São Paulo, cresceu como compositor e regente de música para teatro. Além disso, atuou como professor de música, regente de coral infantil e diretor musical de diversas peças teatrais. Sua paixão pelo ensino o levou a se tornar professor do ensino fundamental da Escola Waldorf, onde pôde expressar plenamente seus talentos como maestro, artista plástico, escritor e brincante. Suas festas de São João eram um exemplo de sua devoção e criatividade, pois ele criou folguedos, resgatou brincadeiras e promoveu a valorização das tradições populares na escola regular.

Ao se mudar para Piracicaba em 2008, Eduardo Américo se envolveu profundamente na cena cultural da cidade, especialmente no Maracatu do Porto, que ajudou a estabelecer junto ao Mestre Tony Azevedo. Sua pesquisa cultural foi abrangente, envolvendo tradições piracicabanas, como o samba de lenço, a catira, a congada e outros festejos. Ele levou essas tradições para o ambiente escolar com profundo respeito e veneração pelos mestres e mestras da cultura popular caipiracicabana. A conexão com a cidade fez com que ele mesmo se considerasse um piracicabano que nasceu no lugar errado, se referindo o lugar errado como a capital, São Paulo.

Eduardo compôs diversas músicas para teatro, escreveu folguedos – “O Boi do Coroné” e o “Boi de Minas”, uma peça de teatro inspirada na infância de Heitor Villa-Lobos-“Acorda! Vem ver a Lua!”, que foi transformada em livro infanto-juvenil sob o mesmo título, além de inúmeras obras em desenhos e pinturas em diversas técnicas.

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