ARTIGO

A vida que você quer é uma escolha que você faz

Por Júnior Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Você sabe o que é “languishing”? Esse termo é o indicador de um estado de tédio e esvaziamento do sentido da vida. Para começar nossa reflexão desta semana, selecionei duas pesquisas de grande representatividade: a primeira, feita pela rede dinamarquesa Woohoo Unlimited Partnership, com profissionais de 38 países ao redor do mundo, apontou que 54% dos trabalhadores estão insatisfeitos com o próprio emprego. A outra trata do tema “felicidade” e mostra que o Brasil está em “queda livre” no ranking (feita pela WHR - World Happiness Report por iniciativa da ONU - Organização das Nações Unidas), que publica anualmente o relatório com a pontuação em cerca de 140 países.

Junto com esses dados, precisamos considerar algo que venho alertando consistentemente, que é a situação da saúde mental brasileira, que já atinge números alarmantes. E, por mais que muitos relutem, a causa principal da infelicidade e de todos esses números tão negativos que citei até aqui, é a falta de sentido e propósito na vida, aliado ao perigoso fato de que o ser humano nasce e já “ingressa” no que estamos chamando “efeito manada”, ou seja, estamos sendo comandados pelo externo, sem um filtro e um protagonismo decisório interno. Como dizia Jung, “nascemos originais e morremos cópias”, numa alusão a esse distanciamento de nós mesmos ao longo da vida. Temos mais de oito bilhões de pessoas no Planeta e somos completamente diferentes uns dos outros, com histórias, aprendizados, construções psíquicas, traumas, vivências... distintos! E, além de tudo isso, nascemos com um DNA emocional próprio, individual. Aí já está a prova de que, seguir o que não faz parte dessa construção individual ou utilizar comparativos, vai gerar conflito, insatisfação, improdutividade e até doença.

O que muitas empresas e pessoas ainda não estão entendendo, é que não adianta cuidar da árvore pelas suas folhas, mas sim pela raiz. Todo movimento corporativo de treinamento ou investimento que não priorize e foque esse tema, é tempo, energia e dinheiro simplesmente jogados fora. No campo pessoal e relacional, idem, a “fuga” e os “atalhos” (também oferecidos pela sociedade) só complicarão mais a situação. É preciso entrar dentro de si e se resolver com nossa essência. Entrar em sintonia com ela e, a partir daí, dirigir a própria vida. Ninguém além de você deve ter o controle dela. Você é o único responsável pela maneira como sua vida está. Quando você se apodera destes conceitos, você ganha a chave que altera seus sentimentos e muda o que o externo significa para você, ou seja, você passa a ter o domínio da sua realidade, consegue alterá-la e se blinda de influências negativas, enganadoras ou escravizantes.

A vida não deve ser como ela é. Ela deve ser como você quer que ela seja. Mas muitos descobrem isso tarde, ou nunca. Registre: isso só acontecerá quando você “tomar as rédeas de si mesmo” e, se ela não for como você quer, os problemas virão e aumentarão.

Na maioria absoluta das vezes tomamos decisões, sentimos, vivemos baseados em nossa zona de conforto ou em nossa história psíquica que pode conter muitas informações “erradas”, paralisando, atrapalhando ou até retroagindo nossas vidas, roubando de nós maravilhosas oportunidades de avançarmos para dimensões superiores e mais qualitativas - por orgulho, medo ou pela escravidão da acomodação - e, assim, vamos tocando relacionamentos e atividades profissionais de maneira ineficaz e... infeliz.

Você está no lugar que gostaria de estar na sua vida afetiva, relacional e profissional?

Você está na vida que o seu eu realmente gostaria de estar vivendo?

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