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'Não é só esperar o 1º arroto', diz pediatra sobre risco de criança engasgar com leite
'Não é só esperar o 1º arroto', diz pediatra sobre risco de criança engasgar com leite
Morte de criança com quatro meses na segunda-feira (11) causou comoção
Morte de criança com quatro meses na segunda-feira (11) causou comoção
Claudinho Coradini/JP

A morte de uma criança engasgada com leite na segunda-feira (11), no Jardim Planalto, em Piracicaba, causou comoção na cidade e acendeu um alerta entre as famílias, principalmente aquelas com recém-nascidos e crianças pequenas em casa. Nathan Mardonato Ferreira, que completou quatro meses no último dia 7, estava na casa de uma cuidadora onde a mãe o havia deixado no começo da manhã para ir trabalhar. No começo da tarde, o bebê foi encontrado desfalecido. O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram chamados, mas a criança não resistiu.
Para entender como prevenir o engasgo de crianças com líquidos, consultamos a médica pediatra Sandra Rosal Ferracciu. Ela explica porque é grande o risco de um recém-nascido engasgar. “Anatomicamente, não tem nada que tampe a boca do estômago da criança, que faça uma válvula, que feche o estômago. O que vai fechar o estômago é a musculatura que tem em volta e o bebê pequeno é todo molinho, dentro da normalidade da idade dele”, disse.
Ela alerta que após a criança mamar, é preciso esperar, pelo menos meia, independente de a criança ter arrotado ou não. “A gente tem que esperar o leite ir lá para o fundo do estômago. Então tem que entender: mamar sempre inclinado, nunca deitado. É cansativo, mas a mãe ou o cuidador precisa estar sentado e a criança com o corpo mais inclinado possível. Após mamar, a criança tem que ficar em pezinha (corpo na vertical) com o esôfago erguido, pelo menos uma meia hora, quarenta minutos. Passou esse tempo, pode deitar a criança, mas nunca no plano. O ideal é deixar sempre a criança um pouco erguida”, disse. “Se ela ficar na horizontal, com a boca do estômago meio aberta, qualquer esforço que ela faça na região abdominal, o leite volta”, completa.
Outro alerta que a médica faz é que a criança que se afoga com líquido não chora. Portanto, se a família ou cuidadores estiverem longe, o risco de morte é maior. “Se ela engasgou, é porque o leite entrou na via aérea, então dificulta o choro. Você pode ouvir alguns barulhos, mas é preciso estar perto (para perceber). Se a criança estiver no quarto e você na cozinha, dificilmente você vai escutar algo. Tem que estar realmente perto”, afirma.
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A morte de uma criança engasgada com leite na segunda-feira (11), no Jardim Planalto, em Piracicaba, causou comoção na cidade e acendeu um alerta entre as famílias, principalmente aquelas com recém-nascidos e crianças pequenas em casa. Nathan Mardonato Ferreira, que completou quatro meses no último dia 7, estava na casa de uma cuidadora onde a mãe o havia deixado no começo da manhã para ir trabalhar. No começo da tarde, o bebê foi encontrado desfalecido. O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram chamados, mas a criança não resistiu.
Para entender como prevenir o engasgo de crianças com líquidos, consultamos a médica pediatra Sandra Rosal Ferracciu. Ela explica porque é grande o risco de um recém-nascido engasgar. “Anatomicamente, não tem nada que tampe a boca do estômago da criança, que faça uma válvula, que feche o estômago. O que vai fechar o estômago é a musculatura que tem em volta e o bebê pequeno é todo molinho, dentro da normalidade da idade dele”, disse.
Ela alerta que após a criança mamar, é preciso esperar, pelo menos meia, independente de a criança ter arrotado ou não. “A gente tem que esperar o leite ir lá para o fundo do estômago. Então tem que entender: mamar sempre inclinado, nunca deitado. É cansativo, mas a mãe ou o cuidador precisa estar sentado e a criança com o corpo mais inclinado possível. Após mamar, a criança tem que ficar em pezinha (corpo na vertical) com o esôfago erguido, pelo menos uma meia hora, quarenta minutos. Passou esse tempo, pode deitar a criança, mas nunca no plano. O ideal é deixar sempre a criança um pouco erguida”, disse. “Se ela ficar na horizontal, com a boca do estômago meio aberta, qualquer esforço que ela faça na região abdominal, o leite volta”, completa.
Outro alerta que a médica faz é que a criança que se afoga com líquido não chora. Portanto, se a família ou cuidadores estiverem longe, o risco de morte é maior. “Se ela engasgou, é porque o leite entrou na via aérea, então dificulta o choro. Você pode ouvir alguns barulhos, mas é preciso estar perto (para perceber). Se a criança estiver no quarto e você na cozinha, dificilmente você vai escutar algo. Tem que estar realmente perto”, afirma.
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