O bebê que morreu na casa de uma cuidadora no Jardim Planalto nesta segunda-feira (11) foi sepultado no Cemitério Parque da Ressurreição na tarde de ontem (12). O velório reuniu familiares da criança e amigos da família. A mãe da criança quer que o caso seja investigado e não descarta acionar a cuidadora judicialmente.

Nathan Mardonato Ferreira, que completou quatro meses no último dia 7, estava em uma casa no Jardim Planalto, onde a mãe dele o deixava para ir trabalhar, quando foi encontrado desfalecido, no começo da tarde, após ter engasgado com leite. O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram chamados, mas quando chegaram a criança já estava morta.

A mãe do bebê explicou que conhecia a cuidadora. Apesar disso, ela não descarta uma medida judicial. “Está tudo muito confuso. Ela falou que não tinha dado mamadeira para o menino, que ele só tinha mamado comigo, mas comigo ele mamou às 6h30 e eu deixei ele na casa dela às 7h50. Como que o meu filho ficou até meio dia e pouco sem nada”, disse. De acordo com o boletim de ocorrência, os médicos informaram que durante a realização dos procedimentos, o bebê “expelia leite pelos orifícios da boca e nariz”.  A mãe também questiona o horário do óbito, que, segundo ela, teria ocorrido por volta das 12h, mas ela foi informada da morte do filho por volta das 14h. A mãe pagava R$ 400 para a cuidadora.

Em depoimento à Polícia Civil, registrado em boletim de ocorrência, a cuidadora disse que encontrou a criança já desfalecida na cama. Ela afirmou que cuidava de várias crianças, incluindo os próprios netos, há mais de dez anos. Afirmou ainda que viu a criança deitada na cama expelindo leite pelo nariz e pela boca. Segundo ela, quando viu a situação, ligou para o marido, que foi ao local com um amigo. Junto com funcionários de uma escola ao lado eles tentaram ajudar nos primeiros socorros. Foi neste momento que os serviços que Samu e Corpo de Bombeiros foram chamados. O boletim de ocorrência cita, ainda, que os bombeiros e médicos tentaram reanimar o menino, mas não conseguiram e a criança foi dada como morta ainda no local.