EM PIRACICABA

Força-tarefa realiza captação de múltiplos órgãos na Santa Casa; coração foi para SP

Por Da Redação |
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Divulgação/Santa Casa
A captação e transporte do órgão, que deve ser implantado em outro corpo em até quatro horas, foi possível graças a esforço conjunto
A captação e transporte do órgão, que deve ser implantado em outro corpo em até quatro horas, foi possível graças a esforço conjunto

Na busca incessante por salvar vidas por intermédio de transplantes de órgãos, a Santa Casa de Piracicaba, em parceria com a OPO (Organização de Procura de Órgãos) da Unicamp e o Hospital das Clínicas – Incor, de São Paulo, realizou na manhã desta sexta-feira, 25, a captação para o transplante de múltiplos órgãos que  mobilizou vários segmentos da cidade. 

Uma mulher de 47 anos, cuja identidade permanece em sigilo, tornou-se a protagonista de um ato de altruísmo que traz esperança e salva vidas. Com o consentimento da família, ela se tornou doadora de múltiplos órgãos após seu falecimento e, entre eles, o coração que teve seu destino final em São Paulo. A captação e transporte do órgão, que deve ser implantado em outro corpo em até quatro horas, foi possível graças ao esforço conjunto de uma equipe médica especializada, a prefeitura de Piracicaba, que por intermédio da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) acompanhou o translado da ambulância do Incor  São Paulo até o campo de futebol do estádio Barão da Serra Negra, o qual a diretoria do Clube, prontamente abriu os portões e liberou o gramado para a chegada do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil, numa demonstração de cooperação entre instituições distintas para um bem comum.

O processo meticuloso e cronometrado teve início na Santa Casa de Piracicaba, onde mais de sete médicos uniram suas habilidades para realizar a remoção dos órgãos. Cada minuto desempenhou um papel crucial nesse procedimento, pois o objetivo era garantir que esses órgãos cheguem a tempo de salvar.

Entre a saída da equipe o Centro Cirúrgico da Santa Casa de Piracicaba, até o estádio Barão da Serra Negra, foram quatro minutos. Assim que chegaram, o helicóptero Pelicano pousou e em menos de cinco minutos decolaram com a equipe médica do Incor São Paulo com destino a Capital, pois o paciente já estava preparado e esperando seu novo coração. 

Além do coração, a equipe da OPO da Unicamp realizou a logística de transporte do fígado e das córneas para Sorocaba, e do rim para a Unicamp, em Campinas. Cada um desses órgãos representa uma esperança de vida para o paciente e seus familiares.

Para o médico neurocirurgião e vice coordenador da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da Santa Casa de Piracicaba, Moises Lara, “a doação de órgãos é um gesto de generosidade em meio à dor, que impacta positivamente milhares de vidas. A agilidade na captação e transplante de órgãos é uma prova tangível de que a colaboração entre diferentes instituições e o comprometimento de profissionais dedicados faz toda diferença para os que estão na fila do transplante”, salientou.

A enfermeira coordenadora da Cihdott da Santa Casa, Milena Pessoa, ressaltou ainda que durante todo o processo a equipe mantém os cuidados ao paciente doador e atua no acolhimento dos familiares. Paralelo a isso, realiza todo o preparo para que as equipes de captação possam fazer a retirada desses órgãos e garantam que os mesmos cheguem em segurança ao receptor. “O ato é de transpor a dor da perda, entendendo a necessidade de fazer o bem ao outro. Orientamos que a doação de órgãos depende exclusivamente da decisão da família do paciente”, finaliza.

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