A Nitro – multinacional brasileira fabricante de insumos para o agronegócio e de especialidades químicas – investiu na formação de uma joint venture para construção de uma fábrica em Piracicaba focada na produção de biodefensivos, a Vivus. A estimativa é de investimentos de R$ 80 milhões em três anos e geração de 50 postos de trabalho a partir do próximo ano.

Esta é mais uma iniciativa da empresa para seguir ampliando o portfólio, que conta com diversos insumos nos defensivos biológicos, biofertilizantes, fertilizantes especiais de solo e foliares, entre outros.

A Vivus foi criada para atender uma demanda do mercado que visa melhorar a produtividade da soja, produzindo em grande escala uma solução biológica para combater uma das principais pragas que afetam a agricultura brasileira – o percevejo marrom da soja (Euschistus heros), que está difundido na maior parte da área de soja plantada e pode causar danos de 10% a 20% nas lavouras, de acordo com estudos publicados na área de controle de pragas – impacto que já gerou a perda estimada de R$6,5 bilhões no mercado.

Por meio de um método desenvolvido pelo biólogo e pesquisador Heraldo Negri, responsável pela fundação de uma empresa que foi pioneira na produção e comercialização de agentes de controle biológico de pragas agrícolas e reconhecida internacionalmente por seu trabalho inovador com macroorganismos, a Vivus e Nitro vão fabricar e comercializar o Theros (Telenomus podisi), que é um inimigo natural da praga com controle comprovado por inúmeros trabalhos realizados pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e outros centros de pesquisas. "Nós investimos em biotecnologia e desenvolvemos métodos inovadores por meio de agentes biológicos, visando o aumento da produtividade na lavoura”, comentou o biólogo Heraldo Negri.

A solução encontrada para dar mais eficiência no combate à praga e ser uma alternativa de manejo integrado foi uma dieta desenvolvida para que o percevejo produzisse ovos em maior quantidade. Em seguida, os ovos são parasitados pelo telenomus e, ao invés de nascer o percevejo, nasce a vespa, inimigo natural que, por sua vez, parasita outros ovos de percevejos na plantação.  Os ovos parasitados são o produto final, que será comercializado com o produtor rural em todo o país para eliminar os percevejos das lavouras.

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