É fundamental entender que a ansiedade é um misto de duas emoções: medo e preocupação, ou apenas uma delas. Portanto, sentir uma emoção não é problema. O problema está no gerenciamento do limite, no excesso, afinal, passamos por diferentes momentos no dia e na vida.

A ansiedade é um sentimento comum aos seres humanos. Desde nossa infância nos sentimos ansiosos antes de um desafio, uma situação peculiar ou fatos que ainda não aconteceram e geram algum tipo de expectativa. Entretanto, quando essa ansiedade começa a nos prejudicar em nossas tarefas ou em nosso bem-estar ou, então, toma proporções maiores, como afetar a saúde física e mental, é hora de procurar ajuda.

O transtorno de ansiedade já é reconhecido como doença psíquica pela ciência e podem ser várias as suas causas, sozinhas ou combinadas: traumas psíquicos, estresse, genética, doenças físicas e até mesmo a depressão. É comum ocorrer alternância entre quadros de ansiedade e quadros de depressão, pois uma pode ser causa da outra. Por isso, é muito importante identificar causadores, pois cada caso é um caso. Os sintomas ajudam muito no diagnóstico e precisam ser identificados com clareza. Alguns deles: medo constante e excessivo; dificuldade para dormir, vômitos, enjoos, dificuldades na socialização, muito cansaço, estresse, constância em roer unhas, perfeccionismo, tensão e dores musculares, problemas gastrointestinais, entre outros.

É muito importante lembrar que o transtorno de ansiedade pode ser tratado através da terapia. Em alguns casos, pode haver necessidade de medicação para auxiliar no tratamento. Porém e infelizmente, outro dado preocupante é a resistência do brasileiro em procurar ajuda psicológica, em função de alguns mitos e preconceitos (ainda) persistentes, gerando agravamento e problemas ainda maiores.

Somos uma soma (com resultados no presente) de como nossa mente lida com nosso passado e como “enxerga” nosso futuro. Medo e preocupação exagerados com o que há por vir; conflitos internos não resolvidos, autocobrança excessiva, necessidade neurótica de atingir padrões ou apelos da sociedade, além de outras questões psíquicas que nos desorganizam internamente e “descarregam” muitos desconfortos, que, infelizmente, vão piorando se a pessoa não busca as soluções – não em fugas, imediatismos ou atalhos externos – mas num processo coordenado e inteligente, de dentro para fora.

A viagem em si é o que vale a pena e traz sentido. Encontre (ou reencontre) sua essência. Aprecie também o processo e não só o prazer em alcançar objetivos... Os maiores artistas não ficaram famosos porque acordavam todas as manhãs arrancando os cabelos pensando em como eles poderiam se tornar artistas famosos. Foram proativos! Dessa maneira viraram grandes artistas; com mais um pequeno detalhe: acordavam todas as manhãs e amavam pintar suas obras-primas.

Como você está “pintando” sua vida?

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