O cotidiano de Piracicaba tem nomes que se tornam referências de ruas na cidade. É comum, por exemplo, alguém dizer que passou pela rua Governador Pedro de Toledo, ou que passa todos os dias pela avenida Armando Salles de Oliveira na Vollet Sachs. Esses e outros nomes têm ligação direta com a Revolução de 1932.

Pedro de Toledo foi governador do Estado de São Paulo entre 10 de julho e 2 de outubro, período em que aconteceu a revolução. Com a derrota paulista nos campos de batalha, ele foi deposto no dia 2 de outubro. Armando Salles de Oliveira, que nomeia uma das principais avenidas da cidade, foi filiado ao Partido Democrático de São Paulo, e participou de articulações que levaram à criação da Frente Única Paulista, movimento contrário ao governo de Getúlio Vargas, que liderou o levante armado que culminou na revolução.

PIRACICABANOS

De acordo com Edson Rontani Jr., presidente do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba), piracicabanos que participaram da revolução também dão nome a ruas e espaços públicos. Um desses pontos é a avenida Alberto Vollet Sachs. “Vollet Sachs era um dos responsáveis pela coleta de assinaturas dos voluntários”, disse.

Outro nome que faz parte do cotidiano é de Ennes Silveira Mello, que morreu em combate e, hoje, dá nome à praça em frente ao TCI. Em Higienópolis, existe a rua Natal Meira Barros, que foi voluntário e, assim como Ennes, morreu em batalha. “Ele inclusive dá nome a uma rua em São Paulo, e foi um dos mais jovens que morreram. Ele tinha 17 anos, levou um tiro de raspão na jugular e acabou morrendo em Registro”, finalizou.

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