No entanto, antes que a segunda etapa do projeto pudesse ser concluída, Riani enfrentou desafios pessoais, incluindo o diagnóstico de uma doença autoimune que afetou seus movimentos e impossibilitou a realização de sua arte. Apesar disso, ele manteve o desejo de envolver a comunidade no processo criativo.

"Eu tinha esse desejo de fazer uma arte em que eu pudesse ter apenas uma ideia inicial e fazer com que as pessoas a realizassem", compartilha Riani. Essa visão coincidiu com a proposta da Agência Neurônio Adicional, e assim a parceria foi estabelecida.

O conceito central da arte no muro são as mãos das pessoas, representando a união e a identidade de cada indivíduo. Riani começou o desenvolvimento da obra em pequenas telas, utilizando canetas, nas quais retratava as palmas das mãos das pessoas. Essa abordagem simboliza a importância da arte e da expressão humana, remetendo também às pinturas rupestres encontradas em cavernas, que são um registro histórico da humanidade.

Mais de 600 pessoas, com idades de 1 a 90 anos, contribuíram para a criação dessa obra coletiva. Entre os participantes estão alunos da escola, funcionários, familiares, vizinhos, pessoas que passam diariamente pelo local e até mesmo patrocinadores envolvidos no projeto.

"A participação da comunidade foi essencial para a concretização desse projeto. Ter todas essas mãos representadas no muro é uma celebração da união e um símbolo de esperança", enfatiza Riani.

A iniciativa do artista Camilo Riani visa não apenas embelezar o espaço, mas também promover a paz nas escolas e uma sociedade mais civilizada por meio da arte. O projeto MuroArte se destaca como um sopro de vida e renovação para Piracicaba, mostrando como a arte pode unir pessoas e transformar espaços públicos em locais de inspiração e reflexão.

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