Malva Soares Leme, tem 84 anos e uma história de vida inspiradora. Tem quatro filhos vivos e um morreu muito novo. Além dos filhos é avó de seis netos e tem um bisneto. Aos 65 anos, ela foi diagnosticada com câncer nos pâncreas, doença considerada uma das mais difíceis de se tratar e com baixa taxa de sobrevivência. Mas ela não se deixou abater com a notícia e decidiu ir à luta pela vida. “Consegui vencer a doença e me curar completamente, deste então, me mantenho ativa e lúcida, tenho me dedicado a ajudar ao meu redor. Comecei coletando roupas para doar a pessoas carentes, uma iniciativa que hoje já conta com muitos colaboradores”, explicou, emocionada.
Além disso, Malva também recebe recicláveis para vender e doar o dinheiro arrecadado na igreja. “Eu sei que cada pequena contribuição pode fazer uma grande diferença na vida de alguém que precisa. Adoro fazer bordados e lavar roupas à mão, uma prática que aprendi na minha época e que mantenho até os dias de hoje”, disse. “Acredito que é importante ter um propósito de vida, e que ajudar os outros é uma das melhores formas de se sentir realizada. Com isso tenho muita vontade de viver”, salientou.
Malva está inserida nessa nova realidade sobre a expectativa de vida da população brasileira que em 2023, atingiu os 76,2 anos de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), até 2100, deve alcançar 88,2 anos. No entanto, é importante ressaltar que a expectativa de vida pode variar ao longo do tempo devido à vários fatores, como avanços na área da saúde, mudanças nas condições socioeconômicas e outros determinantes de saúde.
A geriatra e coordenadora da medicina preventiva da Unimed, Luciane Furlan Theodoro explicou a questão da expectativa de vida da população. “A expectativa de vida aumenta por um conjunto de fatores,oacesso ao saneamento básico, melhorias na educação e ao acesso a serviços de saúde,adiminuição de violência. Melhorar a expectativa de vida da população depende de muitos fatores e sabemos que para aumentar a qualidade de vida de um idoso há alguns pilares. Primeiro é trabalhar preventivamente, evitando doenças, uma alimentação saudável, práticas de atividades físicas, acesso à saúde. É importante que o idoso tenha um acompanhamento médico, que faça exames preventivos, que controle as doenças crônicas”, explicou.
“Para os idosos é muito importante a família, os amigos, a socialização e o bem-estar emocional, além das atividades físicas, que são os pilares para uma qualidade de vida. A expectativa de vida é um conjunto, e temos que começar quando nascemos, são conjuntos de ações”, disse.
A especialista enfatizou a importância de consultar um geriatra, destacando que o envelhecimento está associado a um aumento de doenças crônicas. Para lidar com essa questão, ela ressaltou a importância da prevenção, como evitar quedas, e, no caso de já haver doenças crônicas, fazer um acompanhamento adequado para controlar todas as condições e minimizar possíveis complicações. “Uma alimentação adequada desempenha papel crucial no aumento da expectativa de vida. Evite alimentos com alto teor de açúcar, embutidos e produtos altamente industrializados. Reduza o consumo de frituras e sal em excesso”,salienta. Segundo ela, ao se alimentar de forma adequada, os idosos podem prevenir o surgimento de doenças.
