ARTIGO

A Neurociência e a Felicidade

Por Júnior Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Felicidade... como se fala nisso! Somos felizes? Ela é possível? Mas, sabemos o que é ser feliz? Friedrich Nietzsche nos provoca: “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”.

Enfim, que tema fantástico é a felicidade! A neurociência, um dos campos que se dedica também ao entendimento da felicidade, acredita que ela é uma habilidade que pode ser aprendida e que está diretamente ligada à nossa capacidade de entender e gerenciar nossa a mente e, então, nossas emoções. Diz também que felicidade é um estado físico desencadeado por reações químicas.

Pessoas felizes tem a saúde emocional e consequentemente física extremamente melhores do que pessoas não felizes e, portanto, com dificuldades no entendimento e no gerenciamento da felicidade. Sim! Para ser feliz é preciso, antes de tudo, saber o que é ser feliz; estudar felicidade.

Com relação às reações químicas ligadas à felicidade, vamos conhecer e entender então as funções de um quarteto incrível, que, infelizmente, não recebe a importância devida dos seus proprietários, nós, os seres humanos!

A felicidade produz inúmeros efeitos em nosso corpo, ativando, naturalmente, através do cérebro, um grupo de neurotransmissores espetaculares: dopamina, serotonina, oxitocina e endorfina. Sim, eles, chamados de “os responsáveis pela nossa felicidade”. Você os conhece a fundo? Sentir-se bem transforma nossa motivação, nosso bem-estar e nossa produtividade, em todas as áreas da vida. É isso que você procura? Então, não fique na plateia! Conheça cada um deles e assuma (de maneira simples e natural), o controle desses poderosos neuroquímicos positivos que podem te ajudar numa verdadeira transformação.

A dopamina nos ajuda a atingir metas e agir com entusiasmo. Quanto mais dopamina, mais motivação! Dica: não comemore apenas grandes resultados. Estabeleça submetas e aprecie cada vitória, mesmo que gradativa. Essa é uma das maneiras de aumentar a produção de dopamina.

A serotonina aparece quando nos sentimos importantes. Solidão e depressão são suas inimigas. Dica: seja mais positivo, reviva conquistas importantes, pois o cérebro não distingue o real do imaginado. Faça exercícios físicos, reduza o consumo de açúcar.

A ocitocina é ligada à intimidade e ao relacionamento afetivo. Ela é essencial para a criação de laços fortes e para o desenvolvimento das interações sociais. Melhora as relações sociais, colabora na diminuição da depressão, da ansiedade e aumenta o desempenho sexual, atuando com a testosterona no sexo masculino e com a progesterona, no sexo feminino. Abraçar alguém é um forte produtor de ocitocina!

Endorfinas são liberadas em situações de stress ou dor e também aliviam a ansiedade e a depressão. Trata-se de um “analgésico”. Praticar exercícios físicos e rir aumenta a produção de endorfina.

Alimentos também podem colaborar, porém, nessas dicas dadas acima ou em quaisquer situações, é necessária a orientação ou o encaminhamento prévio de um Profissional da Saúde, sempre; bem como não podemos “resumir” - nesse tema de hoje - a abrangência do termo “felicidade”.

Veja que nosso corpo pode produzir e colaborar com nossa felicidade, mas precisamos ter atitude e não deixar apenas que o destino cuide disso. Não espere mais para ser feliz, ajude-se e, se preciso, busque ajuda.

Lembre-se sempre: “A felicidade não é uma dependência, é uma decisão”. (Osho)

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