Como todo animal, os cães tem um histórico evolutivo e apresentam necessidades genéticas instintivas que aparecem em seu comportamento e precisam ser supridas de alguma forma por seus tutores. Esses animais vêm de uma linhagem ancestral de predadores e muitos comportamentos que por vezes não são compreendidos, para eles são necessidades da espécie específica.

Nesse sentido, sentem o cheiro no areouvem o barulho de uma chuva que ainda não chegou e já começam a manifestar comportamento diferente. Os tutores mais atentos conseguem identificar essa alteração comportamental de seus pets. Assim como os machos sentem o cheiro de uma fêmea no cio, mesmo que ela esteja a cinco quarteirões de distância, fará de tudo para chegar até ela, principalmente os não castrados.

“Todas essas informações mostram que esse conjunto de fatores genéticos e instintivos, somados a socialização inadequada e ao tédio de ficar sempre preso e não ser levado para passear na rua, além da fundamental necessidade de se movimentar e explorar o mundo com todo esse sistema maravilhoso sensorial que a natureza criou, levam cães a, sempre que possível, saírem de seus espaços para tentar suprir essas necessidades básicas e essenciais que o ser humano não proporciona a eles”, explica.

Há uma série de razões pelas quais podem sentir o impulso de explorar o mundo fora de nossas casas. Uma delas éacuriosidade eanecessidade de exploração, pois ao serem aguçados seus sentidos, o instinto e impulso de colocar em prática é mais forte. O lugar que ele vive, por muitas vezes deixa de ser interessante, pois não supre mais suas necessidades de exploração, e entendem muito bem que a rua pode trazer tudo o que precisam nesse sentido. Dessa forma, cães que não foram treinados para obedeceremenão têm a oportunidade de sair de casa, ficam esperando a oportunidade de um portão abrir para fugirem.

A solidão e o tédio são fatores principais desse comportamento de fuga dos cães, pois passam longo tempo sozinhos sem nada para fazer e os tutores geralmente não proporcionam uma estimulação adequada, seja em forma de exercícios físicos, brincadeiras interativas ou interação com seus donos.

“Outro fator é seu instinto de caça aguçado e, ao ver outro cão ou gato passando na rua, ou mesmo direcionando esse instinto para uma moto ou carro, o cão quer sair correndo atrás. Por outro lado, um cão pode fugir por alta ansiedade ou medo excessivo, por exemplo, de trovão ou fogos de artifício e nesse caso devemos ter uma atitude preventiva para que ele não se machuque”, alerta Oliveiros.

Para todos os casos citados a socialização adequada por meio de passeios frequentes e o enriquecimento ambiental dentro e fora de casa, além do treinamento, é o caminho para evitar situações de fuga, bem como se ter cuidados e criar procedimentos preventivos simples quando for abrir e fechar portas e portões.

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