ECONOMIA

IPCA-15 desacelera alta para 0,57% em abril, diz IBGE

Por Ronaldo Castilho | ronaldo.castilho@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo/JP
A alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), que exerceu o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17%)
A alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), que exerceu o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17%)

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi de 0,57% em abril, 0,12 ponto percentual abaixa da taxa de março (0,69%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,59% e, em 12 meses, de 4,16% abaixo dos 5,36% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,73%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em abril, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29%) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, vieram os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), que contribuíram com 0,14%. e 0,07%, respectivamente. Já Alimentação e bebidas (0,04%) desacelerou frente a março (0,20%). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Comunicação e o 0,39% de Vestuário.

A alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), que exerceu o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17%). Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. Já óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) recuaram, na contramão dos demais combustíveis (2,84%). Cabe ressaltar também a alta de 11,96% nas passagens aéreas, após a queda de 5,32% em março.

Em Saúde e cuidados pessoais (1,04%), a maior contribuição (0,06%) veio dos produtos farmacêuticos (1,86%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal desaceleraram, indo de 2,36% em março para 0,35% em abril, influenciados pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

A desaceleração de Alimentação e bebidas (de 0,20% em março para 0,04% em abril) deve-se à variação negativa da alimentação no domicílio (-0,15%). Destacam-se as quedas nos preços da batata-inglesa (-7,31%), da cebola (-5,64%), do óleo de soja (-4,75%) e das carnes (-1,34%). No lado das altas, o destaque foi o ovo de galinha, cujos preços subiram 4,36% em abril.

A alimentação fora do domicílio passou de 0,68% em março para 0,55% em abril. O lanche desacelerou (de 1,02% em março para 0,82% em abril), enquanto a refeição (0,52%) registrou resultado próximo ao do mês anterior (0,50%).

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