Não é novidade saber que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se esforçou para trazer criminosamente para o território brasileiro um conjunto de colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em dezesseis milhões de reais (16 milhões). A gentileza do monarca Saudita Mohammed bin Salman (príncipe-herdeiro da Arábia) ofertou graciosamente para Jair e sua linda esposa Michele como um bônus da bondade imperial, porém esses mimos foram apreendidos por servidores concursados, efetivos da Receita Federal do Brasil em Guarulhos – São Paulo.
A coleção de joias estava simplesmente na mochila de um militar brasileiro, um sargento assessor do então Ministro de Minas e Energia Almirante Bento Albuquerque, ao retornar de uma viagem ao Oriente Médio em 2021.
O Almirante que envergonhou a Marinha já estava fora da zona alfandegaria do aeroporto quando soube que as joias estavam sendo aprendidas, por essa razão se imiscuiu e retornou à área da alfândega impondo sua condicionante de oficial e ministro ao servidor federal alfandegário para liberar os diamantes. Incorruptível o jovem servidor público frente a “autoridade nacional” não se sucumbiu à carteirada e manteve sua posição aprendendo as joias.
Este servidor público reteve as joias, razão pela qual no Brasil se faz obrigatório a declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no País cujo valor seja superior a mil dólares (US$ 1 mil).
O ministro e seu assessor esquecera de perguntar ao príncipe saudita qual era o valor das joias e, supostamente, imaginavam que “eram bijuterias baratas” e optaram pela opção de não declarar mimos como bens destinados a Michele e a Jair.
“Deus, Pátria e Família”. Escândalo operado por militares também envolvera um sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) que traficou cocaína em pelo menos sete viagens oficiais da presidência antes de ser preso na Espanha em junho de 2019, depois de desembarcar de um avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro. Trinta e nove quilos de cocaína estavam na bagagem de um sargento da FAB.
Assim transcorre o Brasil nessa viagem obscura sobre um submundo de horror que envolve religião, militares e políticas trazendo ao nosso país momentos históricos chamados de “Nova Política”.
Minha mãe já dizia, “quem rouba um tostão também rouba milhão”; nessa máxima é que percebemos que das rachadinhas de gabinetes parlamentares para o tráfico internacional foi um passo muito rápido para o aprendiz de trombadinha que chamava seu adversário de “ex-presidiário e ladrão”.
Quem aponta o dedo em riste para outros é revelador do espelho das suas próprias vontades. Portanto, quando nos referimos a alguém de forma pejorativa que macule sua imagem e honra, estamos revelando a intenção de fazer algo pior e mais criminoso se alçarem ao mesmo posto.
Concluindo ecoa a “vox populi”: Alguém pergunta: “E daí amigo, tudo joia?” e ele responde: “Não, metade é pó, pô! Talkei?!”.
--------------
Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.