CÂNCER

Em Piracicaba, mais de 1,3 mil pacientes estão em tratamento contra a doença

Por Beto Silva | beto.silva@jpjornal.com.br
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Divulgação
Oncologista Fernando Medina, diretor do Cecan, destaca avanço da doença no País
Oncologista Fernando Medina, diretor do Cecan, destaca avanço da doença no País

Não tem sido incomum notícias de pessoas com diagnóstico de câncer. De personalidades conhecidas a anônimas,adoença tem aumentado e atinge variadas idades, ambos os sexos e classes sociais. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde de Piracicaba, atualmente 1.360 pessoas estão em tratamento oncológico nos hospitais Santa Casa de Misericórdia e HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana). Segundo a pasta, a fila de espera para início do tratamento é de 23 pacientes no Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde).

Deste total de pacientes atendidos, segundo a Saúde de Piracicaba, os diagnósticos mais comuns são em câncer de próstata, mama, reto, cólon e aparelho digestivo. A média mensal de pacientes em tratamento oncológico na cidade foi de 1.340 em 2021, e de 1.364 em 2022. Referência do tratamento de câncer na RMP (Região Metropolitana de Poracicaba), o Cecan (Centro do Câncer) da Santa Casa de Piracicaba tem, em sua maioria, pacientes das cidades de São Pedro, Rio Claro, Capivari, Elias Fausto, Charqueada e Rio das Pedras, atendendo uma média de 40,8% da população regional, sendo o restante de Piracicaba.

De acordo com o oncologista Fernando Medina, a incidência de câncer no mundo tem aumentado ao longo dos anos. Segundo a Iarc (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer), em 2020 foram diagnosticados cerca de 19,3 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo e aproximadamente 10 milhões de pessoas morreram vítimas da doença.

Medina explica que a taxa de incidência de câncer varia de acordo com o tipo, região geográfica e o estilo de vida das pessoas. “O câncer de pulmão é mais comum em países com alta taxa de tabagismo, enquanto o câncer de pele é comum em países com alta taxa de exposição ao sol. Da mesma forma, o câncer de mama é mais comum em nações desenvolvidas, onde as mulheres têm maior expectativa de vida e são mais propensas a realizar exames de detecção precoce”, exemplificou.

Segundo o médico, embora a taxa de incidência de câncer tenha aumentando, esse fato pode ser atribuído, em parte, ao envelhecimento da população, aumento da exposição aos fatores de riscos ambientais e a melhoria de detecção e diagnóstico da doença. Além disso, aponta Medina, avanços da medicina têm levado a melhores tratamentos e resultados para muitos tipos de câncer.

“No Brasil, a incidência tem aumentando, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), em 2020, foram estimados cerca de 625 mil novos casos de câncer no País, paraotriênio 2023/2025, esse número aumentou para 704 mil novos casos no país. Isso, praticamente é um aumento bastante expressivo e aproporção varia de acordo com o tipo de câncer e a região do país,ocâncer de pele ,omelanoma éotumor mais comum no Brasil , correspondendo a cerca de 30% dos casos”, aponta.

MARÇO

O mês de março destaca a conscientização ao câncer colorretal, o segundo tipo em incidência tanto para homens quanto para mulheres no Brasil, segundo o Inca, que estima o surgimento de 45 mil novos casos em 2023 no País. Mudanças no estilo de vida e exames regulares potencializam as chances de se evitar o surgimento da doença. “Uma dieta rica em fibras, frutas, verduras e cereais integrais, com baixo consumo de carne vermelha e processada, pode ajudar a reduzir o risco de câncer colorretal. Também é importante manter um peso saudável, evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool”, esclarece a oncologista Amanda Karani.

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