AVC

Santa Casa atendeu mais de 8.000 pessoas com suspeita de AVC em seis anos

Por Redação |
| Tempo de leitura: 3 min
Departamento de Comunicação/Santa Casa de Piracicaba

Desde 2016, quando foi credenciada pelo Ministério da Saúde (MS) para atuar como Centro de Referência em Atendimento de Urgência Tipo I a Pacientes com AVC - Acidente Vascular Cerebral, a Santa Casa de Piracicaba atendeu mais de 8.000 casos suspeitos da doença; sendo 1.908 deles confirmados.

Do total de casos confirmados, 1.615, ou 85% deles, eram AVC isquêmico ou hemorrágico agudo; e 293, o correspondente a 15% dos casos, referiam-se à AVC isquêmico agudo com uso de trombolítico. Isso corresponde a 27 atendimentos mensais, em média; sendo quatro deles envolvendo o uso de trombolítico.

Mas, se consideradas as procuras diárias que exigem investigação dos casos suspeitos, com aplicação de protocolo, tomografias, acessos e exames rápidos entre outros procedimentos, a Santa Casa registrou uma média de quatro casos por dia no período.

“São números muito expressivos, registrados por pouco centros de excelência devido às normatizações exigidas e que transformam a Instituição em referência regional em assistência ao AVC”, disse o médico Amando Camargo Cunha Júnior, coordenador do Serviço de Pronto Atendimento, lembrando que a prevenção pode evitar 90% dos casos, decorrentes de uma alteração do fluxo de sangue no cérebro levando à morte células nervosas na região atingida.

Ele explica que, até a década de 90, pouco podia ser feito paraopaciente com AVC do tipo isquêmico, pois inexoravelmente ele ficaria sequelado, caso a área cerebral comprometida fosse relevante. “A partir de 1995, novas terapias foram capazes de dissolverotrombo, como a alteplase (trombolítico), e restaurar o fluxo sanguíneo paraocérebro”, revelou.

Segundo o médico, no caso do AVC hemorrágico, em que o coágulo pode comprimir o cérebro, aumentando a pressão dentro do crânio, o paciente deve ser submetido a uma neurocirurgia para drenagem do hematoma ou, em caso de ruptura de um aneurisma cerebral, para oclusão da lesão por meio da clipagem via neurocirurgia aberta ou embolização.

O coordenador revela que este nível de assistência é direcionado para o SUS- Sistema Único de Saúde e também para convênios e particulares.

“Somos Centro de Referência em AVC desde 2016, mas trabalhamos para instaurar protocolos e normatizações desde 2012, tendo como valiosos resultados a extrema qualificação da equipe, composta por médicos emergencistas, neurologistas, neurocirurgiões, radiologistaseenfermeiros, com apoio da equipe da neurologia clinica, sempre de prontidão”, disse.

A qualificação profissional, entretanto, foi apenas um dos itens imprescindíveis para o credenciamento. O Hospital precisou investir também na adequação de estruturas físicas e na aquisição de avançados equipamentos e técnicas, a exemplo da ultrassonografia com doppler colorido de vasos para exame das artérias cervicais, ressonância magnética, angioressonância, ecodoppler transcraniano, neuroradiologia intervencionista, ecocardiografia transtorácico e transesofágico e angiografia.

Outro aspecto importantíssimo éadisponibilização de plantonistas 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive aos feriados. Para isso, a Santa Casa mantém um médico, suporte de neurologista, enfermeiro exclusivo na unidade, técnico de enfermagem para cada quatro leitos; fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional para cada dez leitos; assistente social de segunda a sexta-feira além de suporte psicológico, nutricional e farmacêutico.

Amando revela que o serviço foi completamente montado pela Santa Casa, conforme protocolos do MS, tendo sido posteriormente premiado pelo Angels, programa estabelecido em 2015 pela Boehringer Ingelheim com a proposta de aumentar o número de centros capacitados para tratamento do AVC.

Desta forma, foi possível à Santa Casa trabalhar com ferramentas que visam o mapeamento das oportunidades de melhoria, suporte para implementação e manejo de protocolos, treinamento para as diversas áreas envolvidas e materiais para conscientização de pacientes, com impacto na expansão do tratamento e na melhoria dos resultados pelo mundo.

“O programa é um grande patrimônio para nossa cidade, pois atende universalmente a todo paciente que for transportado para a emergência do nosso Hospital”, considerou revelando, ainda, que a Santa Casa atuou como centro de treinamento para assistência ao AVC capacitando mais de 500 profissionais, entre funcionários da Instituição e de Unidades Básicas de Saúde do Município, com vistas ao protocolo de tratamento do AVC.

Clique para receber as principais notícias da cidade pelo WhatsApp.

Comentários

Comentários