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ALIMENTAÇÃO
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Ovo: na Quaresma, aumenta o consumo da proteína queridinha dos esportistas
Ovo: na Quaresma, aumenta o consumo da proteína queridinha dos esportistas
Em 2022, estima-se que tenham sido produzidos em todo o Brasil cerca de 52 bilhões de ovos
Em 2022, estima-se que tenham sido produzidos em todo o Brasil cerca de 52 bilhões de ovos
Por Nani Camargo | 12/03/2023 | Tempo de leitura: 4 min
nani.camargo@jpjornal.com.br
Por Nani Camargo
nani.camargo@jpjornal.com.br
12/03/2023 - Tempo de leitura: 4 min
Alessandro Maschio/JP

Durante a Quaresma, o consumo de ovos aumenta. Não é de hoje que a proteína virou “queridinha” no País, principalmente a quem faz práticas esportivas. O Brasil saiu de oitavo produtor mundial de ovos em 1980 para a quinta posição em 2020, atrás da China, EUA, Índia e Indonésia.
Como poder de compra da maior parte da população brasileira ainda bastante fragilizado, a expectativa é de que em 2023 a produção de ovos possa ter um ligeiro aumento, já que o consumidor final resiste em pagar preços muito altos pela carne optando por proteínas mais em conta como é o caso de ovos. A avaliação é do Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O ovo é a proteína animal cujo consumo mais cresceu no Brasil nos últimos 15 anos, segundo o Instituto Ovos Brasil. “Em relação a quantidade de ovos produzidos, ainda não saíram os dados oficiais do IBGE sobre a produção total em 2022, no entanto, acredita-se que a produção deva ter sido de aproximadamente 52,070 bilhões de unidades, queda de 5% frente aos 54,9 bilhões de unidades produzidos em 2021, conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína de Animal). Ainda de acordo com a Associação, o consumo per capita em 2022 foi de 241 unidades, queda de 6% quando comparado com 2021, que atingiu recorde anual de 257 ovos consumidos por cada brasileiro”, cita a Equipe de Ovos do Cepea.
Quanto aos preços, a expectativa é de alta em 2023. Além de uma oferta mais limitada, os elevados custos de produção também podem sustentar ou aumentar os valores.
Além de ser uma proteína que traz benefícios à saúde, os ovos também contam com simbologias – vide os ovos de Páscoa. Segundo reportagem da Revista Oeste, o ovo é símbolo de nascimento e vida. “A vida, força misteriosa, ordenadora do caos da matéria, é indissociável de seus ciclos (nascimento, morte, renascimento). Sua circularidade está inscrita na forma mesma do ovo. Simbolicamente, o ovo contém os quatro elementos cósmicos: terra (casca), água (clara), ar (fina membrana sob a casca) e fogo (gema). Como símbolo da vida, ele engloba também a vida por vir, em eclosão. Como a Quaresma prepara a Páscoa; o ovo representa a renovação nos ciclos da natureza. O costume de oferecer ovos coloridos às portas da primavera na Europa estendeu-se especialmente à Páscoa cristã, festa da ressurreição e do despertar da natureza (equinócio boreal da primavera)”, cita a reportagem, publicada no início deste mês.
Piracicaba e região não são fortes na produção de ovos. O maior produtor de ovos no estado de São Paulo é o município de Bastos, que fica atrás apenas do município de Santa Maria de Jetibá (ES).
Desmistificando os ovos: fazem bem à saúde ou não?
Liliane Camuzzo Ortiz, nutricionista clínica, esportista e oncológica é categórica: “o ovo é um alimento fonte de vários nutrientes, como vitaminas A, D, E, B2, B9, B12 e colina; minerais e proteínas de alta qualidade”.
Segundo a profissional, a clara do ovo é rica em proteínas e a gema em lipídeos, vitaminas, minerais e compostos bioativos que melhoram os níveis de marcadores inflamatórios e melhoram os níveis de colesterol bom (HDL-c), quando inseridos em uma alimentação saudável. “Há alguns anos, não havia dúvidas sobre a relação entre o consumo do ovo e o aumento do colesterol, prejudicando a saúde. Porém, pesquisas recentes indicam que essa relação não procede. Apesar do ovo ser rico em colesterol, a gema tem em média 213 mg de colesterol. A ingestão de 1 ovo por dia para a população em geral, inclusive pessoas com dislipidemias, não aumenta os níveis sérios de colesterol e o risco cardiovascular, desde que seja consumido a forma cozida e sejam limitados outros alimentos ricos em colesterol na dieta e que se mantenham hábitos de vida saudáveis”, explica.
E sobre dúvidas cardiovasculares, Liliane responde: “o ovo é fonte de colina, biotina e carotenoides, luteína e zeaxantina, que lhes conferem propriedades antioxidantes. A recomendação de 300 mg/dia de colesterol foi indicada para prevenção de doenças coronarianas. A administração de 1 ovo/dia não apresenta risco para doenças cardiovasculares em indivíduos saudáveis e não-diabéticos”.
E quanto ao consumo de ovos por atletas e pessoas que fazem atividade física, ela diz que “é um excelente alimento, rico em proteínas de alto valor biológico”. “Dois ovos em média contêm cerca de 25g de proteínas, o equivalente a 100 g de carne. Geralmente, a proteína deve ser ingerida no pós-treino, para reparação das fibras musculares; e no pré-treino é melhor ingerir carboidratos de baixo índice glicêmico para dar energia”, orienta.
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Durante a Quaresma, o consumo de ovos aumenta. Não é de hoje que a proteína virou “queridinha” no País, principalmente a quem faz práticas esportivas. O Brasil saiu de oitavo produtor mundial de ovos em 1980 para a quinta posição em 2020, atrás da China, EUA, Índia e Indonésia.
Como poder de compra da maior parte da população brasileira ainda bastante fragilizado, a expectativa é de que em 2023 a produção de ovos possa ter um ligeiro aumento, já que o consumidor final resiste em pagar preços muito altos pela carne optando por proteínas mais em conta como é o caso de ovos. A avaliação é do Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O ovo é a proteína animal cujo consumo mais cresceu no Brasil nos últimos 15 anos, segundo o Instituto Ovos Brasil. “Em relação a quantidade de ovos produzidos, ainda não saíram os dados oficiais do IBGE sobre a produção total em 2022, no entanto, acredita-se que a produção deva ter sido de aproximadamente 52,070 bilhões de unidades, queda de 5% frente aos 54,9 bilhões de unidades produzidos em 2021, conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína de Animal). Ainda de acordo com a Associação, o consumo per capita em 2022 foi de 241 unidades, queda de 6% quando comparado com 2021, que atingiu recorde anual de 257 ovos consumidos por cada brasileiro”, cita a Equipe de Ovos do Cepea.
Quanto aos preços, a expectativa é de alta em 2023. Além de uma oferta mais limitada, os elevados custos de produção também podem sustentar ou aumentar os valores.
Além de ser uma proteína que traz benefícios à saúde, os ovos também contam com simbologias – vide os ovos de Páscoa. Segundo reportagem da Revista Oeste, o ovo é símbolo de nascimento e vida. “A vida, força misteriosa, ordenadora do caos da matéria, é indissociável de seus ciclos (nascimento, morte, renascimento). Sua circularidade está inscrita na forma mesma do ovo. Simbolicamente, o ovo contém os quatro elementos cósmicos: terra (casca), água (clara), ar (fina membrana sob a casca) e fogo (gema). Como símbolo da vida, ele engloba também a vida por vir, em eclosão. Como a Quaresma prepara a Páscoa; o ovo representa a renovação nos ciclos da natureza. O costume de oferecer ovos coloridos às portas da primavera na Europa estendeu-se especialmente à Páscoa cristã, festa da ressurreição e do despertar da natureza (equinócio boreal da primavera)”, cita a reportagem, publicada no início deste mês.
Piracicaba e região não são fortes na produção de ovos. O maior produtor de ovos no estado de São Paulo é o município de Bastos, que fica atrás apenas do município de Santa Maria de Jetibá (ES).
Desmistificando os ovos: fazem bem à saúde ou não?
Liliane Camuzzo Ortiz, nutricionista clínica, esportista e oncológica é categórica: “o ovo é um alimento fonte de vários nutrientes, como vitaminas A, D, E, B2, B9, B12 e colina; minerais e proteínas de alta qualidade”.
Segundo a profissional, a clara do ovo é rica em proteínas e a gema em lipídeos, vitaminas, minerais e compostos bioativos que melhoram os níveis de marcadores inflamatórios e melhoram os níveis de colesterol bom (HDL-c), quando inseridos em uma alimentação saudável. “Há alguns anos, não havia dúvidas sobre a relação entre o consumo do ovo e o aumento do colesterol, prejudicando a saúde. Porém, pesquisas recentes indicam que essa relação não procede. Apesar do ovo ser rico em colesterol, a gema tem em média 213 mg de colesterol. A ingestão de 1 ovo por dia para a população em geral, inclusive pessoas com dislipidemias, não aumenta os níveis sérios de colesterol e o risco cardiovascular, desde que seja consumido a forma cozida e sejam limitados outros alimentos ricos em colesterol na dieta e que se mantenham hábitos de vida saudáveis”, explica.
E sobre dúvidas cardiovasculares, Liliane responde: “o ovo é fonte de colina, biotina e carotenoides, luteína e zeaxantina, que lhes conferem propriedades antioxidantes. A recomendação de 300 mg/dia de colesterol foi indicada para prevenção de doenças coronarianas. A administração de 1 ovo/dia não apresenta risco para doenças cardiovasculares em indivíduos saudáveis e não-diabéticos”.
E quanto ao consumo de ovos por atletas e pessoas que fazem atividade física, ela diz que “é um excelente alimento, rico em proteínas de alto valor biológico”. “Dois ovos em média contêm cerca de 25g de proteínas, o equivalente a 100 g de carne. Geralmente, a proteína deve ser ingerida no pós-treino, para reparação das fibras musculares; e no pré-treino é melhor ingerir carboidratos de baixo índice glicêmico para dar energia”, orienta.
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