A entrega da declaração do Imposto de Renda 2023 começa no próximo dia 15 de março. O prazo, segundo a Receita Federal, acaba no dia 31 de maio, mais tarde do que nos outros anos. A medida, de acordo com a Receita Federal, foi adotada para que as pessoas possam ter acesso à declaração pré-preenchida já no início do período, para facilitar o envio dos dados e evitar erros.

A organização para a declaração dos bens já começou com a entrega dos informes de rendimento, que finalizaram no último dia 28 de fevereiro. Agora, começa a correria para fazer a declaração e entregar da maneira mais precisa o possível para evitar problemas com o leão.

Seguindo a recomendação da Receita Federal, começar pelo pré-preenchimento, disponível no aplicativo do fisco, pode ser uma boa ideia para quem já declarou antes. Porém, ainda é necessário ficar atento com as mudanças no perfil do declarante que aconteceram durante o ano. “Isso já diminui muito as chances de erro”, diz o contador e CEO da FQ Organização Contábil, de Piracicaba, Daniel Aparecido Ferraz. “O pré-preenchimento traz um histórico. Então, o patrimônio adquirido depois da declaração anterior ainda não vai estar lá. A orientação é fazer o pré-preenchimento, mas solicitar os informes para atualizar os dados”, explica. “Por exemplo, se eu comprei ou vendi um imóvel no ano passado, essa compra ou venda não vai estar na declaração deste ano. É necessário incluir”, orienta Ferraz.

Cuidados como esse já ajudam os declarantes a diminuir as chances de não cair na temida malha fina da Receita Federal. Segundo o especialista, é questionado pela Receita, na maioria das vezes, se esqueceu de informar detalhes que parecem ser pequenos. “As pessoas devem ter atenção na aba de evolução de patrimônio. Se você comprou um imóvel financiado, tem que informar o financiamento, não só o valor”, explica. “Em caso de dependentes de pais separados, se o pai e a mãe colocam como dependente, os dois vão para a malha fina. Quem declara o filho como dependente é quem tem a guarda. O outro informa como alimentado”, explicou.

PRIMEIRA DECLARAÇÃO
Para a primeira declaração, os documentos mais importantes são os informes de rendimento de bancos, empregadores, contratantes de serviços e outras fontes de renda, RG, CPF, comprovante de endereço com CEP e Título de Eleitor. Para declarar dependentes é necessário o número do CPF e a data de nascimento.

A dica é para que as pessoas procurem um profissional em caso de dúvidas. “É a mesma orientação que a gente vê nos remédios: em caso de dúvida, procure um médico. No caso do Imposto de Renda, às vezes a gente sabe como fazer, mas se surge alguma dúvida, é melhor correr atrás”, finaliza.

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