COMPORTAMENTO

Preparando para vida; deixar os filhos pequenos em casa, ou matriculá-los escolinha?

Por Ronaldo Castilho | ronaldo.castilho@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo Pessoal
Rafaela Martineli com as filhas Laura de1ano e6meses, e Luíza de 6 anos
Rafaela Martineli com as filhas Laura de1ano e6meses, e Luíza de 6 anos

Deixar os filhos pequenos em casa, com babá ou com a avó, ou mandá-los às creches? Essa é uma dúvida que algumas mães têm, principalmente aquelas que relutam em deixar as crianças aos cuidados de outros, mesmo que essa atitude amplie o aprendizado. Muitas mães sentem-se inseguras devido às necessidades de deixar os filhos em creches pelo fato de trabalharem, no entanto, elas podem ficar tranquilas, principalmente se as crianças estão na faixa etária dos 2 aos 5 anos de idade.

A psicopedagoga e psicóloga, Vanessa Guilhermon enfatiza que a primeira providência da mãe é escolher uma escola em que ela confie. “As mães têm que escolher uma escola em que ela se sinta segura. Se ela não estiver segura com a escola que escolheu vai ficar mais difícil a adaptação. Durante esse período é muito importante que a mãe participe com a criança das atividades que a escola propõe, pode ser um horário reduzido ou mesmo uma atividade especial”, enfatizou.

A criança tem que ir segura para escola, ou seja, a mãe tem que passar essa confiança para criança: - você vai ficar com a sua professora, depois eu volto para te buscar, o segredo é que a mãe não pode passar insegurança para o filho/filha”, explicou.

Rafaela Martineli, 29, é mãe de duas meninas, a Luíza de 6 anos, e Laura de 1 ano e 6 meses. As duas frequentam escolas públicas. “A Luíza foi para escola com 1 ano, ela ficava meio período com a bisavó, e outro período ela frequentava a escola. Tinha que ser assim, pois eu e meu marido trabalhamos,eessa era a única opção. O resultado foi positivo, ela aprendeu principalmente a compartilhar, ela aprendeu a comer direito, falar melhor, dividir brinquedos, voltava da escola cantando, cada dia uma música diferente”, salientou.

Segundo Vanessa Guilhermon, não é só a questão de aprender a compartilhar, mas também colocar limites na vida da criança.

“A escola éolugar que ensina não apenas o compartilhar, principalmente na faixa dos 2 aos 5 anos, os limites, muito importantes, são colocados pela escola, e a convivência coletiva faz com que eles venham à tona com mais frequência. Para que eu possa conviver coletivamente eu tenho que respeitar as regras, eu tenho que ficar na fila, aguardar a minha vez. Tudo isso faz com que a criança se sinta familiarizada com o ambiente e, aos poucos, ela vai aprendendo que por conta das regras ela também tem que compartilhar os brinquedos, tipo: hoje vamos brincar com o brinquedo do amiguinho, amanhã vamos brincar com os meus”, explica.

Rafaela também salientou que devido às experiências com a Luíza na escola, ela colocou a Laura na creche, em tempo integral. “A Laura é mais hiperativa do que a Luíza, e minha avó já não tem mais a mesma saúde para cuidar dela, então devido às experiências de aprendizado da Luíza e pelos ganhos que ela obteve resolvi colocar a Laura na escola também”, explicou. Rafaela também disse que o importante é ter atividades para o desenvolvimento das filhas. “Não permito que elas fiquem na frente da televisão por muito tempo, indo à escola ela pode interagir com outras crianças”, declarou.

Vanessa Guilhermon também mencionou a questão do tempo parcial e tempo integral. “A escola em tempo integral no Brasil nada mais é do que uma extensão da casa, a criança estuda em um período, e o outro faz lição de casa, isso pode até sobrecarregar a criança e depende da necessidade da família, o que a família busca para criança, agora seacriança vai ficar um período todo na frente da televisão, é preferível que ela fique na escola, com propostas, demandas, atividades, lições, ou seja, tendo um aprendizado de melhor qualidade ”, finalizou.

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