RÉU

Justiça aceita denúncia do MP contra policial que matou dois em show no Unileste

Agente público estava em horário de folga e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado

Por Da Redação | 02/02/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Piracicaba

Alessandro Maschio/JP - Reprodução Redes Sociais

Heloise Magalhões e Leonardo Victor (destaque) foram atingidos pelos disparos e morreram
Heloise Magalhões e Leonardo Victor (destaque) foram atingidos pelos disparos e morreram

A Justiça acatou a denúncia do MP-SP feita pela da Promotoria de Justiça Criminal de Piracicaba contra um policial militar responsável por matar duas pessoas e ferir outras três ao disparar em um show de música sertaneja na madrugada de 20 de novembro de 2022. Ele teve a prisão preventiva decretada e agora se tornou réu no processo. Na ocasião, morreram Heloise Magalhães, 23 anos, e Leonardo Victor, 26.

Os crimes aconteceram após uma briga no camarote do evento, realizado em um recinto no bairro Unileste. Os tiros acertaram diversas pessoas que assistiam ao show.

O promotor de Justiça Aluisio Antonio Maciel Neto denunciou o policial por homicídio triplamente qualificado (emprego de arma de fogo, motivo torpe e com recurso que impossibilitou defesa) com dolo direto em relação a uma das vítimas e por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual à outra.

O policial também foi denunciado por três tentativas de homicídio, também triplamente qualificados, com dolo eventual por conta de mais três vítimas que foram atingidas.

Ainda foram encaminhados ofícios para o Comando da Polícia Militar e da Polícia Civil com a representação para que regulamentem o disposto no artigo 26 do Decreto 9.847/19, a impedir o ingresso de policiais militares e civis, de folga, em ambientes com aglomeração de pessoas e onde há a venda de bebida alcoólica; e à Prefeitura Municipal de Piracicaba para que regulamente, dentro de seu poder normatizador de concessão de alvarás, a necessidade de apresentação pelo interessado a realizar eventos do sistema de segurança a ser adotado, notadamente revistas, e a disponibilização de espaço adequado para pessoas que possuam o porte legal deixem suas armas, sem ingressarem armados.

As mortes chocaram a cidade. No caso da jovem morta, ela era aluna do quinto ano da FOP. 

Imagens publicadas em redes sociais no dia da tragédia mostram o momento dos tiros e quando começa a confusão e correria no evento.

Nas imagens é possível ver os dois artistas no palco. Em seguida ouvem-se os barulhos dos tiros. Em um dos vídeos, uma pessoa grita "É tiro, é tiro".

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