AÇÃO DO MP

Presidente afastado do Lar dos Velhinhos nega 'quarto da morte'

Ação do Ministério Público foi movida após representação feita pela Prefeitura

Por Beto Silva | 30/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Alessandro Maschio/JP

Entidade é uma das mais tradicionais de Piracicaba
Entidade é uma das mais tradicionais de Piracicaba

O Lar dos Velhinhos de Piracicaba e o presidente afastado da entidade, Yvens Santiago Marcondes, encaminharam nesta segunda-feira (30) notas sobre as denúncias apresentadas em matérias publicadas pelo Jornal de Piracicaba, na semana passada, com base na ação civil do Ministério Público do Estado de São Paulo e a partir de representação da Procuradoria Geral do Município.

A entidade narrou a linha do tempo, desde a representação da Procuradoria Geral do Município ao Ministério Público, que por sua vez ofereceu ação civil pública à Justiça sobre as irregularidades e denúncias apresentadas pela prefeitura. Já o presidente afastado, classificou as denúncias como ‘anônimas e infundadas com o único intuito de denegrir a imagem e prejudicar a entidade’.

“Falar em quarto da morte onde vivem idosos dos 60 aos 100 anos, não tem sentido, através de denúncias feitas por pessoas inconsequentes, incompetentes e nenhum caráter”, afirmou, ao rechaçar a existência do quarto citada por uma funcionária e que consta da representação da procuradoria.

A representação gerou o ajuizamento de ação civil pública, que resultou no afastamento provisório do presidente e de toda a diretoria da entidade, com a nomeação provisória de interventor até a realização de auditoria financeira/contábil para apuração da situação financeira, patrimonial e organizacional da entidade, bem como a adequação de suas regras e normas de funcionamento, informa o comunicado.

Segundo a nota da entidade, em dezembro foi realizada reunião na prefeitura com a participação do procurador geral, da Smads (Secretaria da Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social), dois diretores do Lar dos Velhinhos e seus advogados.

A reunião resultou no acordo apresentado nos autos da ação civil, com a possibilidade de a prefeitura firmar contrato emergencial com o Lar, pelo período de 180 dias, com afastamento do presidente e a posse de um interino no período do acordo, ficando a ação civil suspensa por 180 dias. 

A entidade e o presidente rebatem as notícias veiculadas pelo JP, lembrando que todas as reportagens foram feitas com base na ação civil de mais de 1,2 mil páginas a qual a reportagem teve acesso. Em todas as ocasiões o presidente Yvens Santiago Marcondes foi procurado e não quis se manifestar. A reportagem foi até o Lar dos Velhinhos na quarta-feira (25)onde uma funcionária, que se apresentou como Ana, informou que seria agendada uma entrevista para esclarecer a situação, o que não ocorreu.

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