Aumento de doenças autoimunes no mundo

Por Ana Carolina Carvalho Pascoalete | 24/01/2023 | Tempo de leitura: 3 min

O aumento de casos dessas condições vêm chamando a atenção dos especialistas, são diversas enfermidades que acometem a população, que podem apresentar sintomas e tratamentos mais simples e ou complexos. Geralmente são diagnósticos de patologias que serão tratadas para o restante da vida de seu portador. Os indivíduos que recebem os diagnósticos lidam das diversas formas, com boa aceitação ou revolta, geralmente não estão esperando por um diagnóstico de um quadro crônico, ficam assustados e precisam aprender a conviver, direcionando o devido tratamento médico aos sintomas fisiológicos e cuidando do emocional que contribuem muito para estabilizar e ou amenizar o quadro.

No entanto, por menos complicados que sejam os sintomas  ou o tratamento, o diagnóstico de uma doença autoimune é sempre acompanhado da lição em aprender a conviver com ela ao longo da vida e ainda nesse mundo globalizado os pacientes se queixam da falta de informação. Muitos indivíduos compartilham que ao conhecerem outras pessoas que apresentam a mesma condição, ajuda a entender melhor a condição da doença. As doenças autoimunes podem afetar um órgão especifico ou vários órgãos e tecidos do corpo humano. O acompanhamento costuma ser realizado por médicos especialistas nos órgãos ou sistemas atacados pela enfermidade, além de profissionais que tratem o sistema imunológico de maneira mais ampla, e também com uma rede, envolvendo demais profissionais da área da saúde.

Não se conhece as causas exatas para que o sistema imunológico fique desregulado, mas as pesquisas apontam para uma combinação de fatores genéticos, ambientais e emocionais, o estilo de vida nem sempre é determinante, mas exercem um papel fundamental para o aparecimento dessas enfermidades e é uma das razões para o aumento da incidência delas em todo mundo. Pesquisas apontam que nos Estados Unidos, a incidência das doenças autoimunes triplicou nos últimos cinqüenta anos, e hoje afetam mais de 50 milhões de norte americanos e a associação americana de doenças autoimunes apontam que estresse, alimentação inadequada, altos índices de poluição acabam afetando o organismo, tornando-o mais sensível a inflamações e desregulações, ainda a modificação da microbioma, que são as bactérias, fungos e vírus que habitam o nosso corpo, o modo de vida contemporâneo, estresse, alimentação, uso excessivo de antibióticos, parto cesárea, faz com que o ambiente de microorganismos se modifique e se torne mais pró-inflamatorio.

Apesar de componentes citados que podem desencadear doenças autoimunes, ainda não se pode falar de prevenção dessas enfermidades.  Além de cuidados básicos com a saúde, a principal recomendações dos profissionais da saúde é identificá-las o mais cedo possível, para evitar que os sintomas se intensifiquem. Fazer psicoterapia para aprender a se livras das dificuldades emocionais do passado e do presente vêm mostrando grande eficácia em pacientes com quadros autoimunes e a procura vem aumentando, pois a fala auxilia como facilitadora  em como os indivíduos vão aprendendo a lidar com suas emoções, se colocando como sujeito de sua própria vida, além de manter a estabilidade que pode ter como conseqüência a autorregulação da doença autoimune.

Vale lembrar que toda doença tem sua importância e é valido entender o porque dela ter acontecido em sua vida. Será que você pode estar repetindo algum padrão familiar.  Aceitar o ensinamento que a doença tende a proporcionar, para então desvendar a raiz que causou, sem medo e sem preconceito contra si mesmo. Aprender a lidar com as emoções de uma maneira mais leve e consciente, tende a poupar o corpo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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