O mês de dezembro é sempre o mais caótico do ano. Geralmente, a gente mal sai de outubro e uma metralhadora de campanhas publicitárias começa a nos lembrar que estamos muito próximos do fim do ano. E é aquele caos!
Corremos contra o tempo para terminar tudo o que começamos, enfrentamos filas quilométricas em lojas e supermercados, gastando o que nos resta na conta para poder comprar presentes, comida e bebida para a ceia. Há quem aproveite para comprar roupas e sapatos novos e também fazer caridade.
Tudo isso consome nosso tempo e energia. Chegamos exaustos no dia 31 de dezembro não sem antes fazer várias resoluções para o próximo ano. A lista imensa inclui fazer mais exercícios físicos, comer de forma mais saudável, arrumar um novo emprego, ler mais livros, voltar a estudar, namorar mais, entre tantas outras coisas. Basicamente, tudo o que não fizemos direito no ano que termina.
O fato é que de um atormentado e estressante fim de ano começa um janeiro apático. Os restaurantes têm menos atendimentos, as festas cessam, muitas atividades que estamos acostumados a fazer estão paradas, de férias.
E mais: estamos completamente sem dinheiro e tendo contas aos montes de início de ano para pagar.
Se sua lista de resoluções tinha o item "ser mais feliz", pode ser que essa seja a primeira promessa a ser quebrada logo nos primeiros dias do ano.
Existe uma data batizada de "Blue Monday", a "segunda-feira azul", ou melhor, a "segunda-feira triste". Esse é considerado o dia mais deprimente do ano e não de forma aleatória, mas após uma pesquisa científica que leva em conta fatores já citados neste texto.
A data é 16 de janeiro, criada pelo psicólogo Dr. Cliff Arnall, usando uma fórmula que leva em conta o tempo médio para as resoluções de ano novo falharem, o clima frio (no caso, no hemisfério norte), as dívidas, o período de tempo pós-Natal e os níveis motivacionais de um ser humano médio nesta época do ano.
Alguns dizem que isso tudo é balela. De qualquer forma, a "Blue Monday" tem servido para que, neste dia, as pessoas falem mais sobre saúde mental. Reparou que alguns perfis das redes sociais trataram bastante deste tema ultimamente?
No Brasil, uma outra cor é usada para se referir ao tema neste mês: o Janeiro Branco.
A ação tem como objetivo falar sobre saúde mental e, mais do que isso, criar uma cultura na humanidade sobre este assunto. O movimento reúne informações para que entidades e autoridades possam ajudar na construção desta ideia do respeito à condição psicológica de todos!
Em 2023, a campanha do Janeiro Branco tem o mote: "A Vida pede Equilíbrio". É o momento de sair dos extremos e encontrar a dose certa em todas as fases da vida e o ano todo.
Aliás, apesar do nome Janeiro Branco, a ideia é que a pauta da saúde mental seja levantada o ano todo e que não saia do raio de conversas e informações das pessoas.
De acordo com a instituição "Turn2Me" o mês de janeiro pode ser de muito contraste como já disse um pouco mais acima. E as resoluções de ano novo podem ser uma forma de nos deixar mais ansiosos. Por isso, é preciso estabelecer tais resoluções quando se estiver bem e disposto a fazer isso e não seguir a onda de que em janeiro tudo precisa mudar repentinamente.
Relaxa, 2023 é mais um ano e muita coisa pode mudar, ou não. Não precisa correr para a academia ou se inscrever em um curso qualquer só para falar que está cumprindo o prometido. Não vá fazer dietas restritivas loucas para perder o que você acha que ganhou de peso durante as festas.
Tudo tem seu tempo! Basta se programar com cautela e cuidado. E isso pode acontecer em março, abril, agosto, setembro, não importa. Ainda tem muito ano novo pela frente.