Vigilância e oração

Por Andre Sallum | 21/01/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Nas incessantes trocas que caracterizam a vida de relações, cada pensamento elaborado, sentimento acalentado e palavra proferida alimenta com energias correspondentes o ambiente em que vivemos. Somos, portanto, responsáveis por tudo o que emitimos, e torna-se fundamental tomarmos consciência do que produzimos ao exteriorizarmos nosso pensar e sentir.

Instruções espirituais oportunas afirmam que as energias que emitimos  diariamente, somadas àquelas de mesma natureza, de outras pessoas, acumulam-se até atingir um ponto de saturação, quando então retornam aos seus agentes, em mecanismo de perfeito equilíbrio e justiça.

Escolhemos, portanto, todos os dias e a cada instante, nossas influências e  companhias, tanto quanto as ideias que acolhemos e propagamos. Se desejamos um mundo melhor, cabe melhorar-nos a nós mesmos para que, a partir do interior, se irradiem energias positivas, saudáveis, harmoniosas e curativas.

Diante da atual transição planetária, anunciada por profetas e videntes das mais variadas correntes religiosas e espiritualistas, urge cada um de nós cultivar a vigilância e a oração, conforme a recomendação de Jesus, para que não venhamos a nos envolver com forças obscuras e degradantes, as quais têm se imiscuído e permeado grande parte das atividades humanas, em todas as áreas, desde o recôndito dos lares até as relações internacionais.

Vigilância, porque tendemos a repetir padrões de conduta viciosos e destrutivos, os quais, para serem superados, requerem plena atenção aliada à correta intenção e ao sincero trabalho interior. Oração, porque a prece representa abertura aos planos da vida de onde vertem energias renovadoras e curativas, ao mesmo tempo inspiração ao prosseguimento das tarefas evolutivas que devam ser realizadas. Por tais características a prece se mostra de valor inestimável, constituindo recurso gratuito, disponível a todos quantos desejem conectar-se com a fonte da vida e com as correntes luminosas que se derramam sobre quem ora.

Necessárias se fazem a vigilância e a oração, pois trazemos do pretérito, próximo ou remoto, imensa bagagem de experiências e condicionamentos, na sua maioria marcados pelo egoísmo e seus derivados. Portanto, temos importante trabalho a fazer, a começar de nosso interior, reconhecendo o que se encontra disfuncional e transformando nosso pensar, sentir e agir. Embora esse roteiro tenha sido traçado por mestres e instrutores, até hoje pouco assimilamos dessas lições, e menos ainda as temos praticado no convívio diário, onde somos chamados incessantemente a exercitar a tolerância, a compreensão, o perdão, a paciência e a benevolência.

À medida que a crise planetária se intensifica, mais se nos torna essencial vigiar e orar, a fim de não nos perdermos nos labirintos sombrios dos conflitos que a todo instante tentam nos subtrair a paz, a harmonia e a alegria de viver. Muitos, pela inconsciência que leva à inconsequência, têm sido instrumentos das sombras, ao promoverem desordem, violência e destruição, por isso a vigilância e a oração constituem recursos imprescindíveis à manutenção do equilíbrio , da lucidez e da serenidade.

Permanecer fiéis às tarefas construtivas a que estejamos nos dedicando, perseverar no bem, sustentar e promover a paz – eis alguns dos desafios contemporâneos, diante dos quais precisamos definir atitudes e agir coerentemente, a fim de trilharmos o caminho rumo ao novo ciclo planetário que se anuncia, de concórdia e fraternidade.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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