FEMINICÍDIO

Delegada da DDM fala sobre o caso de feminicídio no Hotel Antonio's

Por André Pirata | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 2 min
Claudinho Coradini/JP
Delegada afirma que poderá não responder ao processo em liberdade
Delegada afirma que poderá não responder ao processo em liberdade

A delegada Olivia Fonseca, da DDM (Delegacia de Defesa dos direitos da Mulher) de Piracicaba, concedeu entrevista à equipe de reportagem do JP na tarde desta quarta-feira, 30, fornecendo mais detalhes sobre o feminicídio ocorrido no Antonio's Palace Hotel na tarde desta terça-feira, 29, na avenida Independência.

Ela disse que a prisão preventiva do assassino já foi pedida e ele já é considerado foragido e, mesmo que se apresente espontaneamente a partir de agora, mesmo que tenha escapado do flagrante, não responderá ao processo em liberdade.

Ela esclareceu alguns detalhes que ocorreram após o crime dissipando dúvidas oriundas de algumas informações, que segundo ela, foram deturpadas desde o início da tarde desta quarta-feira, 30, após a prática do crime.

Olivia afirmou que o criminoso, logo depois que matou a mulher e saiu do hotel, foi a pé até o escritório do advogado e contou a ele o que tinha feito e que o Advogado quis convencê-lo a se entregar, mas ele fugiu.

Disse que após a fuga do assassino, o Advogado ligou para ela relatando tudo e se negou em pegar a causa. Policiais estiveram no escritório e realmente não o encontraram. Foram a uma casa onde ele morava sozinho e também não encontraram ninguém e depois estiveram no hotel ao lado de outros agentes .

A delegada acredita que ele esteja em Piracicaba porque não tem dinheiro para viajar, uma vez que recentemente vinha se hospedando de hotel em hotel na cidade e sempre saindo sem pagar.

Olivia finalizou dizendo que a Mulher, mesmo separada como já estava, vinha vivendo na mesma casa com o ex-marido em Piracicaba, fator este, que foi mais um que contribuiu para que aumentasse o ciúme e o sentimento de posse que o namorado tinha por ela, o que culminou, entre mais outras razões a matá-la de forma cruel e premeditada, uma vez que tinha cortado os fios de telefone da suite, para depois espanca-lo e após a agressão a esganou com as mãos e a asfixiou com um saco de lixo e colocou uma garrafa de refrigerante de plástico na boca para não haver barulho, configurando feminicídio premeditado, com requintes de crueldades, por motivo torpe, fútil e sem chance de defesa para a vítima caracterizando o passional.

A delegada acredita que caso ele não se entregue, poderá ser localizado e preso a qualquer momento.

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