Aeronave onde estava sócio da Raízen e família foi revisada dias antes da queda; investigações continuam

Por edicao_jp |
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Acidente aéreo completou um ano sem conclusão da causa; Cenipa e polícia estão à frente das investigações

O acidente aéreo que matou sete pessoas em Piracicaba completou um ano dia 14 de setembro sem uma conclusão sobre a causa da queda. No avião estavam o empresário Celso Silveira Mello Filho, 73 anos, um dos maiores expoentes do agronegócio País, a esposa Maria Luiza Meneghel Silveira Mello, 71 anos, os filhos do casal: os gêmeos, o agropecuarista Celso Meneghel Silveira Mello, 46 anos, Fernando Meneghel Silveira Mello, a administradora de empresas Camila Meneghel Silveira Mello Zanforlin, 48 anos, além do piloto Celso Elias Carloni, 39 anos e copiloto Giovanni Dedini Gullo, 24 anos.

Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira (FAB), ainda estão sendo realizados exames, testes, pesquisas e análises relacionadas aos sistemas da aeronave. Segundo o órgão, o objetivo das suas investigações é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.

A investigação começou com a coleta de dados no local, no dia do acidente, e não tem previsão de término. “O tempo varia conforme o nível de complexidade de cada investigação e os trabalhos podem demandar mais ou menos tempo, conforme os achados identificados no decorrer do processo. De qualquer forma, trabalhamos para que esse tempo seja o menor possível”, completou.

A Polícia Civil apontou que aguarda o laudo da instituição para terminar o inquérito sobre o caso.

Em 14 de setembro de 2021, a aeronave decolou pouco antes das 9h do Aeroporto Comendador Pedro Morganti, de Piracicaba.

A viagem teria como destino o Pará, onde os integrantes passariam uma semana em uma fazenda de propriedade da família Silveira Mello. Porém, o avião, que era um bimotor, caiu 15 segundos após a decolagem, em uma área de mata no bairro Santa Rosa, próxima à Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Piracicaba, mesmo abastecida e revisada dias antes.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e no local encontrou as sete vítimas já carbonizadas. Quase seis horas após o acidente, os destroços começaram a ser retirados do local e levados para perícia.

O Cenipa e a Polícia Civil investigam o caso desde o ano passado. No local, as equipes localizaram a caixa preta do avião, onde o histórico de voo é armazenado. Destroços do avião foram recolhidos para a apuração. Também foi feita a coleta de imagens do momento da queda e de depoimento das testemunhas.

De acordo com a FAB, a documentação e manutenção da aeronave estavam em dia. O avião foi fabricado em 2019. A última manutenção foi realizada em 23 de agosto. O retorno da oficina ocorreu em 13 de setembro, um dia antes da decolagem. Além de ainda não ter sido identificada a causa da queda do avião, também não foi esclarecido o movimento de curva que a aeronave fez logo após decolar, destacado pela maioria das testemunhas e flagrado por câmeras de segurança. Autoridades não souberam informar se o piloto tentava retornar ao aeroporto.

Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br

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