Por Luiz Xavier
Dia 06 de setembro foi comemorado o Dia do Sexo e daí, batendo um papo com a amiga psicóloga e terapeuta sexual, Arlete Gavranic, ela me disse que havia acabado de escrever um artigo falando como lidar com a perda de tesão dentro dos casamentos. Segundo ela, e concordo plenamente, vale a pena refletir sobre a falta de desejo sexual e sobre a perda de intimidade que ocorre na vida de muitas pessoas que vivem relacionamentos estáveis. Acompanhem:
“Possíveis causas: fisiológicas, hormonais, estresse, desencontros e frustrações. Todos esses fatores são possibilidades para essa mudança de interesse. O abuso de pornografia também pode ser fator desestimulador do interesse sexual entre casais.
Estresse no trabalho, dificuldades financeiras e problemas de saúde com familiares podem desviar a atenção e minimizar o interesse sexual. O cansaço advindo das preocupações e desgastes típicos da inquietação do excesso de hormônio adrenérgico, que disparamos quando sentimos inseguranças, é muito grande, e costuma consumir nossa libido.
Alterações metabólicas também podem interferir nessa disposição, falta ou excesso de açúcar, falta de vitamina D, baixa de vitaminas B, déficit de ferro, hipotireoidismo. Fora o cansaço já mencionado, pode vir também o desânimo. Soma-se a isso o déficit de hormônios sexuais que interfere na manifestação espontânea de desejo sexual.
Simples atitudes podem resgatar o interesse sexual em relações estáveis. O desejo sexual nem sempre é espontâneo ou predeterminado fisiologicamente. Aprender a pensar em sexo, alimentar lembranças prazerosas e estimular o corpo são atitudes importantes para criar o hábito de nutrir o desejo sexual com suas deliciosas emoções.
Mas uma queixa muito frequente diz respeito ao desinteresse pela(o) parceira(o). Caiu na mesmice? Acumulou mágoas?
Mudar atitudes pode ser o pontapé inicial no resgate qualitativo da vida afetiva e sexual. Então, é preciso o autocuidado de cada um para contornar a rotina do excesso de trabalho, afazeres domésticos, filhos ou cuidado com idosos. Já viu gente cansada se arrumar e estar sorridente?
Quantos casais não investem ao menos um dia da semana ou da quinzena para ter momento de namoro? É possível e necessário sair para dançar, namorar no cinema, jantar num lugar diferente ou num lugar ‘atrevido’. Muitos vão pensar em clubes de swing, casas de massagem. Outros vão imaginar uma transa num parque ou num estacionamento. Ou então mandar os filhos para casa de alguém e criar um clima sensual em casa mesmo.
Mas, para esse momento existe um preparo. Ou seja, investir no autocuidado: fazer a barba, uma escova, passar rímel. Pense em algo sensual que te faça se sentir atraente: pode ser em qualquer peça do seu vestuário. Nesse dia é imprescindível investir em beijos, conversar só coisas boas, lembrar de situações especiais ou excitantes!
O sexo não é o objetivo principal, mas o prazer deve ser. Por isso, explore caricias brincando com os cinco sentidos, explorando o toque, o olhar…O envolvimento é a meta, a penetração e o orgasmo são uma possibilidade de finalização desse encontro, mas não necessariamente o mais importante. Que tal pensar nessa reaproximação?”
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