‘Sou do povão. Quando eu vou na arena (Neo Química) eu tiro uma média de 2.000 fotos’, garante o piracicabano
Há cerca de um mês, ele saiu do anonimato para se tornar uma celebridade por onde passa. Seu nome? Cássio de Piracicaba, de 23 anos. Isso mesmo! O JP não conseguiu “arrancar” o seu nome de batismo por que agora ele só se apresenta como sósia do maior ídolo corinthiano da atualidade. Após ser “descoberto” nos jogos do Timão, sua agenda ficou lotada e, agora, ele passa mais tempo em São Paulo do que no Bosques dos Lenheiro, onde mora. ‘Cássio’ tem sido muito solicitado em eventos, na Neo Química Arena e em entrevistas.
Ele conta que sua semelhança com o “guarda redes” vem desde a adolescência, por volta dos 13, 14 anos, quando as pessoas já comentavam sobre sua aparência. “O pessoal sempre me chamou de Cássio. Só que há um mês eu fui no estádio e bombou. O pessoal me confundiu muito com ele e viralizou essa situação como sósia”, lembra.
A partir daí, o piracicabano tomou gosto pelo sucesso repentino e não parou mais. “Quando eu chego na arena [Neo Química Arena] é muito complicado para eu entrar porque é muita foto, muito vídeo. E eu me sinto como se fosse o próprio jogador e tento agradar todo mundo. Sou do povão. Quando eu vou na arena eu tiro uma média de 2.000 fotos”, contabiliza.
“A minha relação com os torcedores é de uma celebridade. As pessoas passam para mim o carinho que queriam passar para o Cássio”, reconhece o sósia, que às vezes fica até “assustado” com a tamanha repercussão. “O pessoal me confunde direto. Recentemente, uma criança veio até mim chorando e dizendo que me amava, achando que eu era o Cássio mesmo.
Foi emocionante.”
Apesar da fama, o sósia piracicabano diz que ainda não capitalizou com tanto sucesso. Ele iniciou recentemente um canal no Youtube e espera seguir com a carreira de influenciador digital. “Isso agora é uma profissão, não como sósia, mas como influencer, pois eu coloco a minha essência no meu trabalho. Tanto que eu sou o Cássio de Piracicaba não o sósia do Cássio”.
A dificuldade, morando em Piracicaba, é ter tanto dinheiro para ver todos os jogos do Corinthians em Itaquera, na Capital. “Eu não ganho ingressos. Alguns amigos meus que ajudam porque eu não tenho condições. As pessoas me ajudam para que eu possa estar na arena. Eu vou lá primeiramente como um corinthiano, não como um artista. Vou para apoiar o time”, garante “Cássio”, que só quer ser chamado assim. “O meu nome é Cássio. Desde pequeno é Cássio e nem gosto que me chamem pelo meu nome”, declara.
Se a grana ainda está curta, os convites não faltam. Nesta semana, por exemplo, ele participou da Brasil Futebol Expo, um evento patrocinado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em São Paulo. Lá, ele fez muitos contatos e conheceu ex-jogadores, dirigentes e pessoas envolvidas com o futebol. Além do evento da CBF, o “goleiro” já foi tema de reportagens na Globo, na ESPN, no SBT e esteve até no programa A Praça é Nossa, entre outros. “As câmaras me procuram… Eu sou lindo”, se diverte.
Erivan Monteiro
erivan.monteiro@jpjornal.com.br
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