Superação do medo – 2

Por André Sallum | 02/09/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Por André Salum

As notícias alarmistas e negativas que a todo momento são divulgadas, somadas ao enfoque dramático e sensacionalista que comumente se dá aos acontecimentos do cotidiano, alimentam e ampliam os medos coletivos, ao mesmo tempo que influenciam principalmente quem se encontra emocionalmente fragilizado. Quando as energias de medo assumem grandes proporções e se alastram sobre grupos humanos, podem ocorrer os casos de pânico coletivo, em que se entra em uma sintonia perturbadora e desagregadora.
Sabe-se, nos meios espiritualistas, que as energias geradas e alimentadas pelos pensamentos e palavras, intenções e ações acumulam-se e passam a circular, influenciando, por sintonia, a mente humana. Notícias de teor violento, conteúdos agressivos e ameaçadores gerados, comentados e divulgados pelos meios de comunicação fazem com que o psiquismo coletivo esteja cada vez mais saturado de energias perturbadoras, muitas das quais geradoras de medo. Qualquer pessoa, se estiver suscetível, pode ser influenciada por essas energias de teor negativo, passando a sentir, muitas vezes sem saber o porquê, estados íntimos de desconforto, ansiedade e insegurança. Ao tomarmos ciência dessa realidade tornamo-nos mais responsáveis por selecionar e filtrar as informações que recebemos e especialmente as que divulgamos.
Por essas razões, dentre outras, torna-se importante – na atualidade mais do que nunca – cultivar a higiene mental, dedicando-se a momentos de silêncio interior, meditação, oração, comunhão com a Natureza, leitura e conversas elevadas, aliados a ações dignificantes, a fim de se gerar e alimentar padrões mentais saudáveis, o que contribui para a imunização psíquica contra as ondas de desarmonia que assolam o mundo atual. As instruções de natureza espiritual nunca se fizeram tão necessárias para superarmos com serenidade e coragem a turbulenta fase de transição planetária pela qual passamos, resguardando a sanidade mental e o equilíbrio emocional.
O medo reflete, até certo ponto, falta de fé, pois quem confia na vida, nos desígnios supremos que regem a existência e na divindade presente em si mesmo encontra, apesar dos inevitáveis desafios e de eventuais insucessos, força e determinação para prosseguir na jornada evolutiva. Quem tem medo é refém daquilo que teme, encontrando-se cerceado em sua liberdade. Por isso, a superação do medo por qualquer medida terapêutica possui caráter libertador.
Em diversas situações da vida somos constrangidos a decidir e agir, apesar dos medos que nos acompanham. Quando conseguimos fazê-lo, o próprio fato de realizarmos o que é necessário, mesmo sentindo temores e inseguranças, já é um importante passo na aquisição de maior confiança para futuros empreendimentos. Muitas conquistas de natureza psíquica e espiritual se dão passo a passo, e a superação dos medos pode requerer muitas etapas, o que nos pede paciência e perseverança. Nesse sentido, uma filosofia de vida espiritualista, intrinsecamente otimista, favorece a confiança e fortalece a fé, elementos imprescindíveis para alcançarmos o êxito na jornada existencial. Se a completa ausência de medo é, para a maioria de nós, uma realidade distante, podemos, desde agora, tomar as medidas ao nosso alcance a fim de fortalecermos a fé, alcançarmos a serenidade e desenvolvermos a confiança, a fim de nos habilitarmos a oferecer o melhor de nós à vida, ao mundo e aos semelhantes.

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