Libido e estresse

Por Luiz Xavier | 16/08/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Por Luiz Xavier

O artigo abaixo da jornalista e mestre em sociologia, Simone Cunha, nos ajuda a refletir sobre este tema. Acompanhem:
“É importante esclarecer que o estresse não é apenas ‘nervosismo’. Quando ele ocorre todas as células entram em processo de adoecimento. Os efeitos estressores podem desencadear sintomas físicos que podem ser tratados dentro de sua especialidade, mas não podem deixar de gerenciar a causa do problema.
A divisão ‘mente e corpo’ é artificial, portanto, tudo o que ocorre emocionalmente é transmitido para todos os sistemas do corpo simultaneamente. E a maneira como o indivíduo lida com o estresse determina se ele irá progredir em direção aos sintomas físicos como perda de cabelo, dores musculares, gastrite e/ou sintomas psiquiátricos como ansiedade e depressão.
Alguns sintomas físicos que podem ser provocados pelo estresse:
Alergia na pele: a pele é o maior órgão do corpo e pode ser bastante afetada pelo estresse que causa reações hormonais, elevando as taxas de cortisol e adrenalina. Essas substâncias são liberadas na corrente sanguínea podendo provocar descamações, vermelhidão, ressecamento e, até deixando os poros dilatados, ocasionando o surgimento de acne.
Queda de cabelo: O estresse provoca uma contração nas artérias fazendo com que o couro cabeludo não seja suficientemente irrigado, podendo provocar a queda dos fios.
Gastrite: queimação no estômago, distensão abdominal e náusea podem ser efeitos do estresse, pois ele eleva a produção de suco gástrico e eleva sua acidez, aumentando a sensibilidade nessa região.
Diminuição na libido: o estresse pode interferir no sistema nervoso autônomo: simpático e parassimpático. Durante a relação sexual, no homem, o parassimpático produz a ereção, e o simpático, a ejaculação. Na mulher, o parassimpático é responsável por produzir a ereção de todos os tecidos, aumentando a quantidade de muco, o que facilita a penetração. O estresse desequilibra este sistema, fazendo com o que simpático funcione mais.
Baixa imunidade: o hormônio cortisol atua como um supressor do sistema imune, por isso com o estresse ele fica mais vulnerável. O sistema imunológico funciona como um exército de defesa em nosso organismo e ao ficar vulnerável possibilita a entrada de bactérias, elevando o risco de inflamações e infecções. Por isso, muitas pessoas estressadas apresentam quadros de gripes e resfriados recorrentes, pois o sistema imunológico não consegue proteger o organismo de forma completa.
Bruxismo: A tensão muscular também pode afetar as articulações do maxilar. Em momentos tensos, a pessoa tende a contrair a mandíbula apertando a dentição e, muitas vezes, fica assim por um tempo sem se dar conta.
Dores pelo corpo: o estresse contribui para a tensão muscular e o aumento de inflamações, portanto, pode gerar dores crônicas em diversas regiões do corpo. Dores de cabeça tensionais e nas costas podem estar diretamente ligadas à presença de alta elevação de cortisol.
Insônia: o estresse é uma das principais causas de alteração do sono. Pesquisas demonstraram que uma semana de trabalho com alta carga de trabalho e muito estresse aumenta a sonolência, prejudica o sono e afeta o padrão de secreção diurna de cortisol.
Elevação da pressão arterial: a adrenalina produzida em momentos de estresse aumenta a pressão arterial, pois as artérias endurecem, podendo se formar placas de colesterol e até provocando a elevação de triglicérides”.

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