Por Junior Ometto
As emoções regulam nossa realidade e a forma como interagimos com o mundo e, segundo Daniel Goleman, Psicólogo e Jornalista Científico dos Estados Unidos, 80% do sucesso ou do fracasso das pessoas se deve ao nível de Inteligência Emocional que possuem. Tema extremamente importante! Vamos entender melhor isso?
Muitos pensam que é possível controlar as emoções. Não adianta você dizer, por exemplo, para a raiva: “Nem venha porque não te quero!” ou, então, não aceitar o medo, ou até não querer se entristecer… Você sente, e pronto! As emoções são inconscientes e automáticas. Imagine você andando pela rua e, subitamente, ser abordado e assaltado… muita coisa vai acontecer (em menos de 1 segundo), na sua mente e no seu corpo, o que independe completamente da sua vontade. Portanto, o grande “segredo” das pessoas de sucesso é entender e praticar o gerenciamento dessa Inteligência (Emocional), que, a cada dia, se transforma na mãe de todas as outras Inteligências, ou seja, o que podemos é controlar/gerenciar os comportamentos que nascem das emoções, as reações que elas nos provocam.
Inicialmente, precisamos entender que nossa inteligência está subdivida em QI e QE. A primeira é a quantidade de inteligência cognitiva/técnica ou quociente de inteligência. A segunda é a quantidade de Inteligência Emocional, ou quociente emocional. O que está sendo desmistificado a cada dia, é que mesmo sendo “inteligente” (QI), você pode não conseguir gerenciar seus comportamentos, seu “eu”, e aí de nada vai adiantar este QI, fato que se comprova, na esfera profissional, por exemplo, pelo crescente número de demissões de pessoas com alta capacidade técnica/acadêmica e com vários diplomas, porém, detentoras de pouca habilidade emocional, além dos outros desastres psíquicos na vida pessoal e relacional, o que tem tomado os noticiários e alimentado sombrias estatísticas.
O ser humano tem se tornado cada vez mais escravo de suas emoções, por vários motivos. Somos um produto do nosso passado e o autoconhecimento é a ferramenta que abre o caminho para a ressignificação do que nos atrapalha e a consequente correção de nossa rota.
O gerenciamento do comportamento começa na compreensão das nossas emoções e dessa dinâmica emocional/comportamental. Alguns exemplos: colocamos expectativas nos outros e quando eles fazem algo que nos machuca, ficamos magoados e travamos. Aí trocamos, vamos (iludidos) em busca de novos cenários, novas pessoas. Vamos “cobrindo buracos” de nossa existência, numa neurose repetitiva e autodestrutiva.
Quanto mais a ciência e a tecnologia avançam, mais pobre emocionalmente e isolado o ser humano está ficando. Quanto mais informação se produz, menos conhecimento e conexão. Paradoxos que as estatísticas crescentes de doenças e transtornos emocionais estão enxergando bem! O dinheiro, os prazeres e o consumo (conectados ao apego ou à fuga) não estão alimentando a alma. Entretanto, são estes e tantos outros os “heróis” que cada vez mais tomam o lugar de protagonistas no palco da vida das pessoas, transformando-as em espectadoras dependentes.
Ninguém, além de você, deve ter o controle da sua vida. Você é o único responsável pela maneira como se sente e age. Quando você se apodera destes conceitos, você ganha a chave que abre sua mente, alterando o que o externo significa para você, ou seja, você passa a ter o domínio da sua realidade, enxergando - por outra perspectiva – a você mesmo e ao externo.
“A maior aventura de um ser humano é viajar e a maior viagem que alguém pode empreender é para dentro de si mesmo”. (Augusto Cury)
LEIA MAIS