Demodécica, sarcóptica e otodécica: saiba os tipos de sarna em cachorro, seus sintomas e como tratar

Por Laís Seguin |
| Tempo de leitura: 2 min

Causada por ácaros, a sarna pode ser responsável por reduzir a qualidade de vida dos cães

A sarna é uma doença de pele causada por ácaros, que se alojam na pele ou nos pelos de cachorros e passam a viver ali. É comumente conhecida por causar coceira, e também pode provocar lesões.

Nos cães, existem três tipos de sarna: a sarcóptica ou escabiose, otodécica e demodécica.

A sarcóptica pode ser localizada ou espalhar-se por todo o corpo do animal, causa coceira e lesões, e é transmissível a outros pets e a humanos.

A otodécica acomete o ouvido dos cães, e também pode ser transmitida a animais que entraram em contato com o pet infectado. Os humanos dificilmente são acometidos por essa sarna, já que seria preciso colocar em contato o cerume do cão e do tutor.

E a sarna demodécica é herdada geneticamente – ou seja, não ameaça quem entra em contato com o cão infectado – e não necessariamente se manifesta ao longo da vida do animal. Mesmo quando isso ocorre, pode não provocar coceira.

Embora a sarna possa causar problemas que vão desde coceira e lesões até redução da qualidade de vida e contágio de outros seres, a médica veterinária Márcia Sonada, tranquiliza os tutores.

“Quando o diagnóstico é feito corretamente, o tratamento e o prognóstico são excelentes”, afirma.

Coceira intensa, lambedura excessiva das patas e surgimento de lesões são sinais de alerta para os tutores.

Perda de pelos pode ser um indicativo de sarna demodécica, enquanto que o ato de balançar muito a cabeça pode estar relacionado à sarna otodécica.

Uma vez com o diagnóstico em mãos, o médico veterinário irá determinar qual conduta seguir, de acordo com o tipo de sarna em questão.

Podem ser necessários medicamentos tópicos e/ou orais, dependendo do caso.

Além disso, Márcia afirma que é muito importante atentar para o tipo de sarna, já que a sarcóptica e a otodécica são transmissíveis. Nessas situações, pode ser indicado realizar o tratamento concomitante em outros animais que tenham contato frequente com o cão contaminado.

“É necessário evitar contato com animais suspeitos e com áreas conhecidamente contaminadas ou visitadas por bichos errantes que possam ser portadores. O uso preventivo de ectoparasiticidas, de aplicação tópica ou uso oral, pode ser uma importante arma na prevenção da contaminação por ácaros da sarna”, recomenda.

Para cães já contaminados, certifique-se de isolar o animal, a fim de evitar que ele contamine outros pets ou até mesmo humanos.

Também é necessário higienizar o ambiente e suas roupas e objetos.

Márcia recomenda o uso de produtos adequados e água fervente.

No caso dos humanos, Márcia afirma que o contágio não é tão fácil. “Não é ‘encostou, pegou’”, afirma a especialista.

Mas, para tutores que dormem com os pets, por exemplo, o risco de contaminação pode ser maior.

Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br

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