De que estima você precisa?

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Por Júnior Ometto

Uma avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos, de maneira positiva ou negativa, em algum grau. De um modo ou de outro, os conceitos de autoestima convergem nesse sentido. Então, pergunto: o que é positivo? O que é negativo? Quem definiu isso? Sob que olhar estou me olhando? Essas são as primeiras reflexões libertadoras, dentre outras, que faremos na abordagem de hoje.
    Por não entenderem o que é estima (e não se conhecerem suficientemente), muitos sofrem. Autoestima, autoconfiança e temas similares, têm sido vendidos, infelizmente, de maneiras equivocadas. Reflita: sob que embasamento precisamos de autoestima? Para ser melhor que os outros? Para nos sentir melhor? (Em que? Para que?). Talvez uma necessidade utópica de perfeição? Desde que nascemos, na escola ou fora dela, fomos influenciados na base do “quem é o primeiro, quem é o segundo”; “rankings” disso e daquilo, ganhou x perdeu, etc. Ou, então, o famoso: “esse é um bom garoto” (os outros são maus?). E esse garoto “bom”; é feliz? E os outros, como elaborarão isso a partir daí? Perceba que nossa mente vai sendo doutrinada de que o senso de felicidade está diretamente ligado ao fracasso dos outros! Que estrutura estranha criamos… E, para piorar essa tragédia emocional, nascemos recebendo um “comando” de que temos que ser melhores que os outros, com o agravante de que, desde crianças, somos “comparados” com vizinhos, irmãos, primos e outros familiares. Vamos ainda mais além, utilizando esse mesmo raciocínio para plantas ou animais: imagine um mosquito achando que deve ser um leão… que estranho e sem sentido seria! Ou um limoeiro querendo ser um pinheiro… Cada um tem seu formato, sua finalidade, sua beleza, suas características. Cada um é singular e tem a “sua” importância (com seus defeitos e virtudes!). O problema é que, de muitas maneiras, estão definindo coisas por nós… o que é alto, o que é pequeno, o que é para cima, o que é para baixo, o que deve ou não ser, o que é belo e o que não é. E, nós, vamos acreditando, aceitando, nos escravizando. E haja preconceito! Ainda sobre a criação: quem falou que um determinado animal ou inseto tem mais importância que outro? Ou que um ser humano tem mais importância que as outras criações? Então vamos lá: você sabia que, se todos os insetos morressem hoje, de dois a quatro anos, toda a vida na Terra acabaria? Por outro lado, se todos os seres humanos morressem hoje, a vida na Terra continuaria e floresceria ainda mais…
    Um planeta cada vez mais tecnológico e “moderno” com seres humanos usando cada vez menos o que têm de mais importante: pensamentos e emoções.
    Não olhe para alguém como se esta pessoa fosse menor, maior, melhor ou pior que você. Isso simplesmente não existe! O que existe são pensamentos condicionados a critérios elaborados por pessoas, iguais a você! O fato é que precisamos ver as coisas como elas são; simples assim. É a partir disso que tudo muda. Cada criatura, cada coisa, tudo tem sua peculiar importância e fundamento. Destruímos e nos destruímos por acharmos que isso tem valor e aquilo não tem. Tudo tem valor, nós é que muitas vezes não percebemos. O lugar mais doentio é quando estamos por cima e os outros por baixo, ou quando estamos contra o resto do mundo! A vida não é sobre competição ou corrida. Assim sendo, a linha de chegada, então, é a morte! Devemos, portanto, nos apressar? Você está apressado? Para que? A vida não é sobre corridas ou vitórias. É sobre um privilégio: viver, cada momento. Não se compare, seja. Experiencie.
Você é o melhor ou é feliz? De que estima você precisa?

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