O tradicional sistema de representatividade popular brasileiro costuma passar uma imagem de certo cansaço, amparada numa máquina pública pesada e engessada. Por isso não é novidade ouvirmos clamores por uma “nova política”.
Após uma experiência que considero importante como Vereador no terceiro mandato e na segunda oportunidade de presidir a Câmara de Piracicaba, aceitei o desafio de conduzir, como Presidente, o novo Parlamento Metropolitano de Piracicaba, que representa 24 Câmaras Municipais da Região Metropolitana. E aí pude comprovar experiências que atestam que a tal nova política é possível.
Falo de um colegiado que, ainda que sem personalidade jurídica própria, tem e é integrado por 140 membros que atuam pela região toda, mesmo com suas bases eleitorais restrita a um único município. Prevalecem união e articulação regional numa estrutura bem mais leve, que vem surpreendendo na entrega de resultados.
Como exemplo, num curto espaço de um mês posso relatar período bem agitado de atividades, que traz muita satisfação pela capacidade de mobilizar.
Começamos com um alerta que lançamos para despertar a região quanto aos entraves no mercado de trabalho regional para as mulheres, que começa a surtir efeito.
Ainda estamos na fase de divulgação da pauta, mas a repercussão é o primeiro passo. E a discussão gerada teve boa repercussão na imprensa, mostrando não apenas o potencial de trabalho com a causa, mas também a necessidade dele.
Outro ponto importante foi a credibilidade que conquistamos junto ao Governo do Estado de São Paulo (e ao Governador especificamente), que nos credenciou como portadores do pleito de cada município para celeridade nos procedimentos cirúrgicos eletivos.
Junto com o pleito entregamos também a Moção de Apelo pela revisão nas tarifas de pedágio, o que é de suma importância, tanto pelo aspecto econômico, especialmente dos gastos aos trabalhadores e inflação de alimentos, mas também pelos entraves à nossa integração, que afeta o desenvolvimento regional.
Mas o que nos estimula é a mobilização, já que, pelo que soubemos, outras cinco Câmaras já protocolaram ou aprovaram propositura no mesmo sentido.
A ideia da união nos faz trabalhar para buscar aprovação em cada Câmara, mesmo se o reajuste não afeta diretamente o Município em questão. Quando chegar a vez dele de ter as tarifas reajustadas podemos nos mobilizar novamente, e um município ajuda o outro.
Já as Comissões de trabalho, recentemente criadas, começam a mostrar empenho.
Primeiro a Comissão da Juventude, que já relatou o resultado de um encontro regional bastante significativo, teve um importante trabalho recentemente, quando seus integrantes foram a campo, no município de Itapetininga, conhecer um Projeto Social que é referência: o “Parada Jovem”. Lança a semente de um cuidado especialíssimo.
O Fórum Permanente de Lideranças Negras está trabalhando para uma reunião regional no próximo dia 25, em Piracicaba, que promete bom engajamento. E a Comissão das Mulheres já mostrou interesse e começou a se aprofundar no conhecimento do mercado de trabalho, que tratamos na reunião anterior, de Iracemápolis.
São conquistas que nos surpreendem pelo tempo relativamente curto de reativação do colegiado, que se mostra já integrado e com uma estrutura bem mais aderente ao conceito de “nova política”.
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