Futebol

Por José Faganello | 06/04/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Embora o futebol praticado no tempo de Oswald de Andrade não tivesse a estrutura profissional de hoje, ele, ou não apreciava o futebol ou estava deveras preocupado com a mísera situação do povo. Sua frase é extremamente negativa a respeito do futebol, comparando-se aos espetáculos circenses proporcionados pelos imperadores, para manter a plebe alienada com sua mísera situação.
Se ele fosse um aficionado por futebol ao menos estava em melhores condições que nosso povo de agora, podia admirar os craques da época Friedenreich, Feitico, Del Debio, Leonidas, Bauer, Zizinho, Ademir de Menezes e tantos outros, assistindo-os aqui, nos campos de futebol e não pela TV, pois assim como nossos dirigentes políticos não deixam nosso país alçara voo, o dirigentes atuais de futebol mereceram de Pelé a qualificação de escroques. Não apenas nossos craques se vão, como aqueles que despontam como futuras esperanças. Sobram para os que teimam em manter seu amor a esta modalidade esportiva jogos desanimadores. O futebol, assim como o carnaval, é um agente de confraternização. Liga-nos no amor e no ódio(ultimamente mais no ódio).
Assistir a uma partida no estádio é completamente diferente de vê-la pela TV. Nos apertões de uma arquibancada cheia, gritos de apoios, xingos de raiva extravasada, olas de exaltação fazem com que admiremos a massa em pleno êxtase e na cartase coletiva cujo extravasamento limpa a alma de toda e qualquer mágoa, pois, não são poucas as que acumulamos ao longo da semana. Nosso futebol atual, no entanto, aquele praticado no Brasil, perdeu, esse condão, e só faz acumular mais mágoas ainda e desesperançados de ver, em curto prazo uma mudança.
Quando veremos em nossos estádios, novamente, aquele futebol que era uma dança, fruto sem dúvida da miscegenação e que foi impregnado mesmo aquele que não tem relação étnica com os africanos, cuja cultura, ginga e alegria lúdica deu o tempero que faltava ao chamado esporte br
Em 1950 no maior estádio do mundo, construído as pressas diante de 200 mil pessoas, segundo estimativas, após uma sucessão de vitórias, com duas memoráveis goleadas 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 contra a Espanha, o Brasil perdeu a final por 2 a 1 contra o Uruguai emudeceu o Maracanã e fez o Brasil inteiro chorar.
Em 1954 fomos desclassificados pela Hungria ainda nas quartas de final.
Em 1958 com Pelé, Garrincha, Milton Santos, enfim os componentes, mesmo os reservas, vencemos a 1ª copa. O jornal francês L’Equipe, chamou nosso time “de outro planeta”, mesmo tendo Fontaine como o artilheiro da copa.
Em 1962, sem Pelé que saiu machucado no segundo jogo, mas com Garrincha no auge da inspiração, derrotamos a Checoslováquia na final. Era o bicampeonato.
Em 1966 o Brasil deu vexame na Inglaterra, perdeu logo de entrada, perdeu de 3 X 1 para Hungria e de 3 X 1 para Portugal. A Inglaterra foi campeã.
Em 1970 sem Pelé e sem Garrincha, nossa seleção embarcou para o México, desacreditada, venceu a Checoslováquia, Inglaterra, Romênia, Peru e Uruguai na semifinal. Na final goleou a Itália por 4 X 1. Era o tri.
Em 1982 na Espanha, outro fracasso verde amarelo. Perdemos a final para a Itália por 3X1.
Em 1986 nos EUA derrotamos a Itália na final, conquistamos o tetra e vingamos a copa anterior.
Em 1998 chegamos ã final com a França. Ronaldo, nossa maior esperança, sofreu uma convulsão antes do jogo, medicado, entrou em campo para ver o melhor momento da carreira do francês Zidane e a derrota do Brasil.
Em 2002 a estrela de Ronaldo voltou a brilhar e o Brasil conquistou na final contra a Alemanha sua quinta vitória.

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