Paralisação de professores em frente à Alesp, na Capital, afetou 60% dos professores em Piracicaba

Por Laís Seguin |
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Apeoesp reivindica reajuste salarial de 33,24% o que assegura o cumprimento do piso nacional em SP

De acordo com levantamento feito pela subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino do Estado de São Paulo) em Piracicaba, 60% dos professores da rede estadual de ensino da cidade aderiram, nesta terça-feira (29) ao dia de protesto convocado pela entidade em defesa de reajuste salarial de 33,24% e contra a aprovação da chamada nova carreira para o magistério paulista, proposto pelo Governo do Estado de São Paulo. Para pressionar deputados governistas contra o projeto de lei complementar, que tramita na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), a Apeoesp realizou assembleia ontem, em frente à Casa. O movimento, inclusive não descartou a possibilidade de deflagração de greve da categoria contra a propositura e pelo reajuste salarial.

A presidente da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT) defende o desmembramento do projeto que estava na pauta de discussão da Alesp desta terça-feira. Um grupo de mais de 70 professores de Piracicaba participou da assembleia na Capital.

A Apeoesp reivindica reajuste salarial de 33,24% aos professores, o que assegura o cumprimento do piso nacional do magistério no Estado de São Paulo e a retirada da proposta de criação da chamada nova carreira. Bebel explicou que o governo, conforme estabelece a proposta, quer atrelar o reajuste de 10% à criação da nova carreira, que, segundo ela, ‘é o desmonte da nossa carreira’. “Perderemos (com a proposta) quinquênios, sexta-parte e outros direitos. Além disso, passaremos a trabalhar mais 14 horas semanais dentro das escolas, sem aumento salarial correspondente. Já o subsidio inicial de R$ 5 mil será corroído pelo aumento dos descontos, com o professor, na prática, recebendo pouco mais de R$ 3.700 mil, além do que o tempo de serviço e experiência não serão fatores evolutivos e os professores levarão 28 anos para chegar à 11ª referência, no total de 15, fazendo provinhas e avaliações subjetivas.

Os deputados aprovaram ontem à noite o projeto de lei do governo que concede o reajuste salarial de 10% e instituiu o Plano de Carreira e Remuneração para os docentes estaduais. Segundo o Estado, a proposta prevê reajustes de até 73% para docentes, diretores escolares e supervisores.

Uma nova assembleia dos professores ficou agendada para a próxima quinta-feira (7) para que a categoria decida ou não pela paralisação no Estado.

Beto Silva
beto.silva@jpjornal.com.br

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